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Polícia

Rio: bombeiros e policiais expulsam equipe da Globo em protesto

12 fev 2012 - 18h22
(atualizado em 13/2/2012 às 01h50)
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Acusados de manipular imagens e diálogos dos bombeiros, a equipe da TV Globo foi hostilizada e expulsa por membros da corporação e da Polícia Militar que faziam manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro. Bombeiros e policiais - militares e civis - pediam na manifestação a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo e outros 15 colegas que estão presos na penitenciária de segurança máxima de Bangu I.

Policiais e bombeiros do Rio se reuniram na Cinelândia para votar indicativo de greve na sexta-feira
Policiais e bombeiros do Rio se reuniram na Cinelândia para votar indicativo de greve na sexta-feira
Foto: Luiz Gomes / Futura Press

Os bombeiros grevistas seguiram os jornalistas até que eles entrassem no carro da empresa e fossem embora. A conduta da TV Globo também foi questionada por algumas das pessoas que discursaram durante a manifestação. Ninguém ficou ferido na confusão.

A greve no Rio

Policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro confirmaram, no dia 9 de fevereiro, que entrariam em greve. A opção pela paralisação foi ratificada em assembleia na Cinelândia, no Centro, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas.

Dois dias depois, alegando falta de adesão, os policiais civis deixaram o movimento. A orientação do movimento era que apenas 30% dos policiais civis ficassem nas ruas durante a greve, mas o clima era de normalidade na maior parte do Estado.

Os militares foram orientados a permanecer junto a suas famílias nos quartéis e não sair para nenhuma ocorrência, o que deveria ficar a cargo do Exército e da Força Nacional, que já haviam definido preventivamente a cessão de 14,3 mil homens para atuarem no Rio em caso de greve.

Os bombeiros prometem uma espécie de operação padrão. Garantem que vão atender serviços essenciais à população, especialmente resgates que envolvam vidas em risco, além de incêndios e recolhimento de corpos. Os salva-vidas que trabalham nas praias devem trabalhar sem a farda, segundo o movimento grevista. Mas, segundo a corporação, apenas o grupamento da Barra da Tijuca aderiu à paralisação.

Policiais e bombeiros exigem piso salarial de R$ 3,5 mil. Atualmente, o salário base fica em torno de R$ 1,1 mil, fora as gratificações. O movimento grevista quer também a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, detido administrativamente na noite de quarta-feira e com prisão preventiva decretada, acusado de incitar atos violentos durante a greve de policiais na Bahia.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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