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Polícia

Rio: Beltrame defende protocolo para filmagem de operações policiais

A declaração ocorre depois do vazamento de vídeos que mostram policiais alterando o cenário de operação na favela do Rola, em agosto de 2012

15 mai 2013 - 19h04
(atualizado às 19h04)
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Beltrame se encontrou hoje com o presidente da Alemanha, Joachim Gauck, em evento na favela Santa Marta, na zona sul do Rio
Beltrame se encontrou hoje com o presidente da Alemanha, Joachim Gauck, em evento na favela Santa Marta, na zona sul do Rio
Foto: Mauro Pimentel / Terra

O secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, defendeu nesta quarta-feira que seja estipulado um protocolo para as filmagens de ações da polícia. A afirmação de Beltrame ocorre depois do vazamento de vídeos que mostram policiais alterando o cenário de  operação na favela do Rola, zona norte do Rio de Janeiro, em agosto do ano passado.

"Acho que qualquer uso de equipamento deve ter um protocolo de utilização. A doutora Martha (Rocha, chefe da Polícia Civil), de uma maneira oportuna, já fez com que isso acontecesse. Nós precisamos ter um protocolo de uso deste tipo de equipamento e de outros que por ventura possam chegar", afirmou Beltrame, que se encontrou hoje com o presidente da Alemanha, Joachim Gauck, em evento na favela Santa Marta, na zona sul do Rio.

Na operação de agosto de 2012, os policiais arrastaram corpos de vítimas - duas delas sequer tinham passagens pela polícia. A operação tinha como objetivo localizar o traficante Diego de Souza Feitosa, conhecido como DG. Ele estava preso na 26º DP e foi resgatado da delegacia por um grupo armado. DG foi morto em outra operação, em abril deste ano, na favela da Maré.

A corregedoria da Polícia Civil abriu inquérito para apurar o procedimento dos agentes durante a operação de agosto. Beltrame demonstrou confiança no papel de investigação da corregedoria e garante que eventuais deslizes serão punidos.

"As polícias sempre tiveram autonomia para agir, especialmente suas corregedorias. Se eventualmente ficar comprovado, consubstanciado, qualquer abuso ou erro da atividade policial, estas pessoas vão ser responsabilizadas como qualquer funcionário público que erra", assegurou Beltrame.

Assim como a chefe da Polícia Civil, Beltrame evitou comentar o teor das imagens da operação que vazaram. Ele pretende se manifestar somente depois que o inquérito for concluído. 

Fonte: Terra
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