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Polícia

Rio: após morte de juíza, segurança em fóruns será reforçada

16 ago 2011 - 21h50
(atualizado às 22h02)
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Os principais fóruns da região metropolitana do Rio de Janeiro terão a segurança reforçada, anunciou nesta terça-feira o juiz Fábio Uchôa, substituto da magistrada Patrícia Acioli na 4ª Vara Criminal do município de São Gonçalo. Na quinta-feira passada, ela foi executada com 21 tiros, quando chegava em casa, em Niterói.

A exemplo do que já ocorre no Fórum Central, o público que for às principais unidades do Judiciário na região metropolitana do Rio será submetido a detectores de metal e as bolsas serão inspecionadas em esteiras equipadas com raio X. Também serão instaladas mais câmeras de segurança nos prédios.

A medida foi comunicada após reunião entre o juiz Uchôa e o secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Fernando Marcondes. Ela faz parte das ações de reforço da segurança no Judiciário fluminense. Na segunda-feira, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Manoel Alberto Rebelo dos Santos, anunciou a compra de seis carros blindados e o aluguel de mais cinco para juízes que estejam ameaçados. O primeiro fórum a receber os equipamentos de segurança será o de São Gonçalo e, depois, os da Baixada Fluminense.

O CNJ, antecipou Marcondes, anunciará uma série de recomendações visando a aumentar a segurança dos magistrados em todo o País. "O poder público deve dar segurança para que os juízes tenham tranquilidade. Um Judiciário forte não se faz com juízes covardes. O Judiciário requer pessoas que não se intimidem."

Juíza estava em "lista negra" de criminosos

A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.

Agência Brasil Agência Brasil
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