Rio: 'mulheres da paz' recebem presidente Lula no Alemão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrará com 40 mulheres do Complexo do Alemão, no Rio, nesta terça-feira. Elas integram o movimento Mulheres da Paz, grupo que faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), projeto do Ministério da Justiça que articula políticas de segurança com ações sociais.
As moradoras pretendem entregar ao presidente reivindicações de melhorias na comunidade, em especial na área da saúde, e também um pedido para ampliação das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O presidente também receberá cartas com denúncias de violência policial cometidas durante a ocupação das forças de segurança no complexo de favelas.
As mulheres afirmam que o medo diminuiu na comunidade desde a presença dos policiais nas favelas, mas que ele ainda persiste. Por esta razão, elas pedirão a Lula que a ocupação militar seja definitiva. "Se o tráfico voltar, vai haver muitas mortes", disse uma das mulheres, que preferiu não se identificar.
Violência no Rio
O Complexo do Alemão está ocupado pelas forças de segurança desde o dia 28 de novembro. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência numa ação conjunta da Polícia Militar, Civil, Federal e Forças Armadas. A polícia investiga uma possível fuga de traficantes pela tubulação de esgoto do Alemão antes dos policiais subirem o morro. Na quinta, 25 de novembro, a polícia assumiu o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambos dominados, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho. As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques, que começou na tarde do dia 21 de novembro. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados por criminosos nas ruas do Rio de Janeiro.
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