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Polícia

Rio: 200 homens do Bope ocupam morros para instalação de UPP

6 jan 2011 - 08h21
(atualizado às 10h45)
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Duzentos homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio de Janeiro ocuparam, nesta quinta-feira, três comunidades do Engenho Novo, na zona norte do Rio. A ação faz parte da retomada do território dos Morros da Matriz, São João, Sampaio e Quieto para a instalação da 14ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Policiais do Bope ocuparam três comunidades do Engenho Novo, na zona norte do Rio
Policiais do Bope ocuparam três comunidades do Engenho Novo, na zona norte do Rio
Foto: Guto Maia / Futura Press

Além dos 200 homens, o Bope contou com dois carros blindados e uma retroescavadeira para a retirada de barreiras colocadas pelos traficantes. De acordo com informações da Polícia Militar, não houve confronto e a situação é de tranquilidade. O Bope já concluiu a instalação de uma base, que será usada para monitorar a operação de ocupação dos morros.

De acordo com o capitão Ivan Blaz, relações públicas da corporação, já era esperado que a ação nas comunidades seria de tranquilidade, porque em operações passadas, a PM já havia detectado a baixa presença de crimiosos na região. Segundo a polícia, 12 mil moradores serão beneficiados com a UPP.

A base montada pelo Bope fica no Ciep Santo Agostinho, local que há dois anos servia como esconderijo de armas para traficantes. Blaz disse ainda que a ocupação destas comunidades do Engenho Novo é estratégica, já que bandidos que roubavam carros nas avenidas Barão do Bom Retiro e Marechal Rondon, vias que ligam a zona norte ao centro, se refugiavam nas favelas.

Objetivos da operação

Além de expulsar traficantes, o Bope tem como objetivo de reduzir o roubo de veículos na região. Além disso, bandidos do Morro São João são acusados de participar do tiroteio que resultou na derrubada de um helicóptero da Polícia Militar, em 17 de outubro de 2009. Na queda da aeronave, três policiais morreram.

As três comunidades ficam próximas às "vias do medo", como são conhecidas as avenidas Marechal Rondon e Vinte e Quatro de Maio e a rua Barão do Bom Retiro por causa do alto índice de ataques a motoristas.

De acordo com a polícia, a ação no Engenho Novo constitui a segunda etapa da pacificação da zona norte do Rio - a primeira foi instalada no dia 30 de novembro com a UPP do Morro do Macacos. A Secretaria de Segurança Pública informou que uma terceira fase será necessária para que o programa chegue nos Morros do Encontro e da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos.

Violência no Rio

O Complexo do Alemão está ocupado pelas forças de segurança desde o dia 28 de novembro. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência numa ação conjunta da Polícia Militar, Civil, Federal e Forças Armadas. A polícia investiga uma possível fuga de traficantes pela tubulação de esgoto do Alemão antes dos policiais subirem o morro. Na quinta, 25 de novembro, a polícia assumiu o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambos dominados, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho. As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques, que começou na tarde do dia 21 de novembro. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados por criminosos nas ruas do Rio de Janeiro.

Fonte: O Dia
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