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Polícia

“Reconheço o policial em qualquer lugar”, diz mãe de Eduardo

Eduardo de Jesus Ferreira, 10 anos, foi morto com tiro de fuzil na porta de casa no último dia 2 deste mês no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro

15 abr 2015 - 11h13
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A mãe de Eduardo de Jesus Ferreira, 10 anos, segura a foto da criança, baleada no complexo do Alemão
A mãe de Eduardo de Jesus Ferreira, 10 anos, segura a foto da criança, baleada no complexo do Alemão
Foto: Twitter

Terezinha Maria de Jesus, 40 anos, mãe do garoto Eduardo de Jesus Ferreira, afirmou em Teresina (PI) que tem condições de reconhecer o policial que atirou em seu filho. Eduardo, 10 anos, foi morto com tiro de fuzil na porta de casa no último dia 2 deste mês no Complexo do Alemão.

“Reconheço o policial em qualquer lugar do mundo. Se botar um milhão de policial eu vou direto nele”, disse a mãe do garoto que viaja nesta quarta-feira para o Rio de Janeiro, após passar dez dias em Corrente, terra natal e região Sul do Estado do Piauí.

Terezinha diz que o acusado é um policial negro e jovem. “Ele é negro e não aparenta ser tão velho. Ele falou próximo a mim. Eu o agredi. Eu agarrei no colete dele e falei: você matou meu filho desgraçado. E ele falou: ‘assim como matei o filho, posso muito bem matar a mãe’. Ele me falou duas vezes e depois de tudo fiquei perto dele e perguntei se ele era pai e se tinha filho e ele não me respondeu nada”.

Ela disse ainda que tem acompanhado as informações da morte do filho pela televisão e de vizinhos. Ao chegar ao Rio, Terezinha disse que irá acompanhar as investigações e quer participar da reconstituição.

Sobre o pedido de licença médica dos suspeitos de terem atirado em seu filho, Terezinha acredita que é farsa. Na terça-feira, os policiais receberam liberação médica para ir à delegacia prestar depoimento sobre a morte do garoto Eduardo no Alemão.

“Eu creio que seja uma grande farsa, principalmente dos advogados da parte deles. Quem está com problema muito série sou eu que perdi meu filho. Isso é para ele não pagar o que ele fez, mas ele vai pagar. Enquanto eu tiver vida vou lutar por justiça”.

Ela disse que retorna ao Rio com “coração partido e com muita dor”.

Criança de 10 anos é baleada e morta no Complexo do Alemão:

Fonte: Especial para Terra
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