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Polícia

Rebelião em presídio de Manaus tem 9 reféns e um possível morto

9 jul 2013 - 21h22
(atualizado às 22h11)
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Presos do Instituto Prisional Antônio Trindade (Ipat), em Manaus (AM), fazem rebelião desde o fim da tarde desta terça-feira
Presos do Instituto Prisional Antônio Trindade (Ipat), em Manaus (AM), fazem rebelião desde o fim da tarde desta terça-feira
Foto: Mário Azevedo / Especial para Terra

Pelo menos nove pessoas são mantidas reféns por presos do Instituto Prisional Antônio Trindade (Ipat), em Manaus (AM), desde o final da tarde desta terça-feira. Segundo parentes de detentos que se comunicam por telefone com os internos rebelados, uma pessoa já teria sido assassinada. A assessoria de imprensa da secretaria de Justiça do Amazonas (Sejus), no entanto, não confirma nenhuma morte dentro da unidade prisional. Segundo a Sejus, os reféns são agentes de displinas (carcereiros) e outros presos.

Mais de cem policiais militares das tropas especializadas, como Choque, estão na Ipat. Eles ainda não tomaram o presídio. Um representante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Amazonas está no local auxiliando nas negociações, mas. segundo a assessoria da Sejus, até o início da noite nenhuma reivindicação foi feita.

A secretaria acredita que a revolta ocorreu devido à transferência, na manhã de hoje, de 18 presas da ala feminina da Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa para outro presídio. A transferência foi realizada como medida disciplinar após as detentas postarem fotos no Facebook mostrando a rotina delas dentro do presídio. Uma das internas trasferidas é mulher de um dos presos do Ipat. Atualmente, o presídio possui mais de 663 internos. A capacidade é para 450 detentos.

O advogado Mouzart Bessa, que estava dentro do Ipat no momento do início da rebelião, contou que por volta das 18h (de Brasília) os 663 presos entraram nas celas mas não fecharam os cadeados. São eles que diariamente fazem isso e, em seguida, chamam os carcereiros para fazer a contagem. "Eles fingiram que trancaram os cadeados e, quando os carcereiros entraram nos pavilhões para iniciar a contagem, foram rendidos", contou o advogado.

Segundo Mouzart, um dos carcereiros teria sido atigido por golpes de estoques (arma caseira). "Eles dominaram todas as três alas do presídio e atearam fogo em colchões. Minha preocupação é que meu cliente, que está jurado de morte, seja pego pelos presos rebelados", disse o advogado.

Fonte: Especial para Terra
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