PUBLICIDADE

Polícia

"Ele cumprimentou, pegou arma e atirou rindo", diz aluna

10 abr 2011 - 22h13
(atualizado em 11/4/2011 às 08h23)
Compartilhar

Uma das alunas da primeira sala da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, invadida por um atirador na quinta-feira, Larissa de Souza, 13 anos, disse em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, que Wellington Menezes de Oliveira ria enquanto atirava contra os estudantes. "Ele foi todo educado. Deixou uma mala em cima da mesa e falou 'bom dia'. Pegou a arma e saiu atirando, rindo." A menina contou que a primeira a receber o tiro foi Samira Pires Ribeiro, também de 13 anos, morta na tragédia.

Imagens mostram frieza de assassino em escola de Realengo:

Veja como foi o ataque aos alunos em Realengo

Veja localização de escola invadida por atirador

"Eu fui por baixo das mesas e saí correndo. Tinha uma moça com o portão aberto. Aí, eu pedi para entrar. Ela me emprestou o telefone para eu ligar para a minha mãe. Quando eu entrei na casa da moça, entrou minha amiga, mais três amigas minhas e uma menina de outra turma muito nervosa. Aí, teve troca de tiro entre o bandido e um policial. Aí, ela pediu para a gente se esconder debaixo da cama. A gente estava com a roupa cheia de sangue", relatou a Larissa. Ela disse que não quer mais retornar à escola.

Atentado

Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e, segundo a polícia, se suicidou logo após o atentado. O atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola quando foi acionado. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Numa carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão a Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade