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Polícia

Público relata arrastões em festival e ironiza: "Rouboland"

Internautas que presenciaram crimes no Tomorrowland dividiram suas experiências nas redes sociais: "quantidade absurda de roubos"

4 mai 2015 - 12h07
(atualizado às 12h10)
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O caso do funcionário do festival Tomorrowland encontrado morto dentro de uma caçamba de lixo próximo ao Parque Maeda não foi a única ocorrência policial registrada na região neste fim de semana. Embora a Polícia Civil de Itu não tenha confirmado o número de ocorrências, diversas reclamações de roubos, furtos e arrastões foram publicadas no Facebook por participantes – que ironicamente o apelidaram o evento de “Rouboland” e “Tomorrowstão”.

Uma mineira de Belo Horizonte foi uma das vítimas. Na sexta-feira, enquanto assistia a um show no palco principal, um grupo de pessoas se amontoou entre ela e o namorado. O que parecia ser apenas uma aglomeração, porém, foi um discreto arrastão: naquela hora, o casal e todos que estavam ao redor tiveram seus pertences, como bolsas, celulares e carteiras, levados. Ao questionar seguranças, ela foi orientada a fazer boletim de ocorrência com uma unidade in loco da polícia.

Festival foi realizado em Itu, interior de São Paulo
Festival foi realizado em Itu, interior de São Paulo
Foto: Francisco Cepeda e Joshua Bryan / AgNews

“Quando fui à PF, me deparei com uma grande fila de outras pessoas na mesma situação, levando mais de duas horas para ser atendida. Isso me fez perder os principais shows da noite e quase perder a van que me traria de volta para BH. Segundo o policial, cerca de 150 pessoas os procuraram se queixando de furtos de celulares, o que comprova a total falta de segurança do evento. Inclusive ouve casos de roubos com utilização de facas e o inusitado caso de roubo de uma barraca inteira. Espero que a organização se responsabilize pelos danos e transtornos ocorridos lá dentro”, escreveu.

A garota alegou ainda que “ficou desapontada” com o número reduzido de seguranças no festival e com a falta de revista no portão de entrada.

Diversos outros internautas também registraram suas reclamações. “Quantidade absurda de roubos. Apoio zero da organização! Segurança zero! Não é o que eu esperava de um evento destes”, declarou um morador de Campinas (SP) na rede social. Ele contou ao Terra que o que chamou sua atenção foi o fato de um dispositivo de segurança de seu smartphone ter sido desabilitado rapidamente após o furto.

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“Neste mesmo final de semana, minha esposa havia perdido o iPhone dela e pelo ‘Finder’ nós o recuperamos. A primeira coisa que fiz ao perceber o roubo do meu foi tentar ativar essa ferramenta, porém, por conta da rede ruim, demorou. Finalmente, quando consegui acessar, meu iPhone havia sido apagado da minha lista de equipamentos e não poderia mais ser localizado. Ou seja, os roubos não foram feitos por moleques ou batedores de carteira comum. Os caras sabiam muito bem o que estavam fazendo e acho até que deviam ter um ponto de apoio dentro do evento”, afirmou.

Ainda na rede social, as vítimas cobraram uma posição da organização. “Quem aqui também foi assaltado durante a festa? Levaram meu celular e vi muita gente na mesma situação. Que tal nos unirmos para tentar resolver isso? Situação lamentável! Não esperava tamanho descaso em uma festa tão grande quanto a Tomorrowland. A segurança deixou MUITO a desejar”, disse uma delas. “Muita música eletrônica de qualidade, roubos e arrastões #tomorrowland #tomorrowlandbrasil #rouboland #tomorrowstão E aí, o que a organização do evento vai fazer?”, questionou outra.

Até o fechamento desta reportagem, a organização ainda não havia se pronunciado a respeito das ocorrências.

Esta foi a primeira vez que o festival belga de música eletrônica foi realizado no Brasil. Ele reuniu cerca de 180 mil pessoas de sexta-feira (1°) a domingo (3). As apresentações ficaram por conta de 178 DJs nacionais e internacionais. Outras cinco edições já foram confirmadas no País.

Fonte: Terra
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