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Polícia

Protógenes anuncia soltura a bombeiros e vê 'nazismo' em prisão

10 jun 2011 - 13h15
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Rodrigo Teixeira
Direto do Rio de Janeiro

Os deputados federais Alessando Molom (PT-RJ), Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) e Dr. Aluizio (PV-RJ) noticiaram aos bombeiros cariocas presos, no final da manhã desta sexta-feira, que eles serão soltos. Os parlamentares estiveram no quartel do Corpo de Bombeiros de Charitas, em Niterói, região metropolitana do Rio, onde, de acordo com Protógenes, as condições por que passam os militares presos é semelhante às de um "regime nazista".

Confira o salário dos bombeiros em cada Estado do País

"As condições pelas quais eles passam aqui no quartel são semelhantes às de um regime nazista. Alguns deles até estão com princípio de pneumonia", denunciou o deputado. No local, 416 militares aguardavam posicionamento para que possam deixar o quartel em liberdade. O restante receberá a visita dos deputados e os alvarás de soltura em outro quartel ainda nesta sexta-feira. Segundo o deputado Molon, foi necessário um documento para cada militar.

"Estou feliz com essa decisão (de libertar os bombeiros). Ajuda a renovar o compromisso das pessoas que acreditaram em mim nas últimas eleições. É bom sair de uma situação em clima de paz. Espero que as reivindicações a partir de agora sejam feitas em clima de paz", disse Molon. Sobre a reação dos militares ao saberem que serão soltos, o deputado disse que eles "receberam a notícia com muita alegria. O sentimento era de justiça. Para nós, parlamentares, a maior alegria é a restituição da liberadade para os bombeiros", comemorou.

Acompanhava a visita o deputado estadual Gilberto Palmares (PT). Familiares e curiosos lotaram a porta do quartel para apoiar os bombeiros.

Bombeiros na cadeia

Cerca de 2 mil bombeiros que protestavam por melhores salários invadiram o quartel do Comando-Geral dos Bombeiros, na praça da República, em 3 de junho. Os manifestantes chegaram a usar mulheres como escudo humano para impedir a entrada da cavalaria da Polícia Militar no local. No entanto, o Batalhão de Choque da Polícia Militar (Bope) invadiu o quartel por volta das 6h do dia seguinte e prendeu 439 bombeiros.

Os integrantes do protesto responderão pelos crimes de motim, dano ao aparelhamento militar (carros e mobiliário), dano a estabelecimento (quartel) e inutilização do meio destinado a salvamentos (impedir que carros saíssem para socorro). Dados oficiais apontam que os manifestantes danificaram viaturas, arrombaram portas do quartel e saquearam alimentos.

A situação vinha se tornando mais tensa desde maio, quando uma greve de guarda-vidas, que durou 17 dias, levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo encerrada por determinação da Justiça. Os bombeiros alegavam não ter recebido contraproposta do Estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Segundo eles, os profissionais recebem cerca de R$ 950 por mês.

Fonte: Especial para Terra
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