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Polícia

Professora é agredida em invasão à sede do governo da PB

30 mai 2011 - 12h40
(atualizado às 17h11)
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Michelle Souza
Direto de João Pessoa

Centenas de professores invadiram na manhã desta segunda-feira a sede o governo estadual da Paraíba, em João Pessoa. Os docentes, que estão em greve há 28 dias, reivindicam um aumento salarial compatível com o piso nacional da categoria, de R$ 890,97. A invasão gerou confronto entre os manifestantes e a segurança do Palácio que tentou impedir a entrada de mais grevistas fechando as portas. No empurra-empurra, os professores alegam que foram agredidos e afirmam que uma professora chegou a ser levada para atendimento médico em um hospital.

Os professores ocuparam diversas alas do Palácio para reivindicar uma reunião com o governador Ricardo Coutinho (PSB). Alguns docentes permaneceram na frente do prédio e a situação ficou tensa quando os policias do gabinete militar tentaram controlar a manifestação. O governo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso e, até as 12h, os professores permaneciam no local.

O secretário de administração, Gilberto Carneiro, informou que o governo já concedeu uma bolsa uma bolsa auxílio de R$ 230 pelo desempenho profissional dos professores. No entanto, a categoria reivindica que o aumento seja efetuado no salário base, e não por gratificações.

Durante a tarde, os professores deixaram o Palácio da Redenção e seguiram até a Assembleia Legislativa, onde negociariam os destinos da greve. Até as 16h30, a reunião entre representantes do comando de greve e o secretário chefe do governo Walter Aguiar e o deputado líder do governo Lindolfo Pires (DEM) acontecia a portas fechadas.

Em programa semanal de rádio, o governador do Estado fez um pedido aos professores para que voltassem às salas de aula na terça-feira, sendo esta a condição da retomada das negociações. Ele alega que houve um reajuste de 30% acima do piso salarial reivindicado.

Os grevistas, no entanto, não consideram a proposta de implantação de bolsa de R$ 230,00 como uma proposta aceita e também descartam o retorno ao trabalho sem que haja negociação. As manifestações foram iniciadas após os professores terem os salários do mês de maio cortados.

Fonte: Especial para Terra
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