PUBLICIDADE

Polícia

Professora baleada não tinha atrito com aluno, diz diretora

23 set 2011 - 12h20
(atualizado às 12h40)
Compartilhar
Hermano Freitas
Direto de São Caetano do Sul

A diretora da Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul (SP), afirmou nesta sexta-feira que o estudante de 10 anos, que atirou contra a professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38 anos, e depois se matou, era um aluno regular e tirava boas notas. Conforme Marcia Gallo, não há registro de nenhum atrito entre Rosileide e o jovem.

Segundo a diretora, o menino de 10 anos era bom aluno e não tinha atrito com a professora baleada
Segundo a diretora, o menino de 10 anos era bom aluno e não tinha atrito com a professora baleada
Foto: Aloísio Maurício / Terra

"Foi um fato inusitado, teremos que trabalhar o lado emocional dos profissionais da escola. Ele era um aluno relugar, tirava notas de 6 a 10 e não há histórico de reclamações de pais. Além disso, dava-se bem com os colegas e não há nenhum registro de atrito com a professora", afirmou Marcia. Ela desmentiu que o jovem tivesse acompanhamento psicológico ou tomasse remédios.

A previsão, de acordo com a diretora, é que as aulas sejam retomadas na próxima quarta-feira. Na segunda e na terça, a escola fará ativdades de planejamento para a retomada das atividades letivas. Ela disse que uma das 16 câmeras da escola registrou o momento em que o menino saiu da sala de aula e voltou com a arma.

Marcia Gallo ressaltou que não pode revistar os alunos porque são 2.230, sendo 900 por período, com idades variando desde o ensino fundamental até o ensino técnico noturno. Ela disse que "não há medidas complementares de segurança" que possam ser tomadas. A professora baleada deve ter alta neste sábado.

Enterro será nesta sexta-feira

O corpo do menino será sepultado nesta sexta-feira, às 16h, no Cemitério das Lágrimas, em São Caetano do Sul. Parentes e amigos velaram o corpo durante toda a madrugada no velório do próprio cemitério em clima de consternação e perplexidade.

Quem se dispõe a falar descreve o menino como um aluno bom, tímido mas querido. Ninguém arrisca explicações para o ato que tirou sua vida ou tem relatos com indícios que tornariam provável que acontecesse a tentativa de homicídio seguida de suicídio que traumatizou a cidade e o País.

Os relatos de timidez são endossados por adolescentes que estiveram nesta manhã no cemitério. Colegas do irmão mais velho, elas disseram que o menino era bem quisto na escola e desmentiram a ocorrência de bullying. As meninas relatam ainda que a professora baleada ontem não tinha qualquer problema de relacionamento com o menino.

O crime ocorreu na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, no bairro Mauá, por volta das 15h50. O aluno disparou contra a professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38 anos, dentro da sala de aula, que era ocupada por 25 alunos. Após os disparos, ele se retirou da sala e disparou contra a própria cabeça. O garoto chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A professora foi transferida para o Hospital das Clínicas de São Paulo e não corre risco de vida.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade