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Polícia

Preso traficante que vendia armas para grandes assaltos no RS

20 jan 2013 - 21h04
(atualizado às 22h00)
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Um dos maiores traficantes de armas do Rio Grande do Sul foi preso na noite de sábado na cidade de Cristal. Nilton José Cassol é suspeito de ter fornecido o armamento pesado utilizado no assalto a uma fábrica de joias em Cotiporã, no final do ano passado, segundo informou ao Terra o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). A polícia acredita que ele obtinha as armas de fogo no Uruguai e as revendia para grandes quadrilhas no Estado, em especial às dedicadas ao roubo de bancos.

A prisão ocorreu em meio a investigações sobre a ação de assaltantes no Rio Grande do Sul. O traficante de armas foi descoberto enquanto almoçava às margens da BR-116. Em seu veículo foram encontrados um fuzil e dois carregadores escondidos no fundo falso do porta-malas. Na casa de Cassol, em Pelotas, foram apreendidas mais armas e munição, de acordo com a Polícia Civil.

O delegado Juliano Ferreira estima que o traficante tenha negociado cerca de 30 armas em dezembro, quando ocorreu o assalto à fábrica de joias na serra gaúcha. Cassol foi encaminhado ao Presídio Central de Porto Alegre e será indiciado por tráfico internacional de armas.

Crime cinematográfico

Os assaltantes utilizaram explosivos para arrombar o estabelecimento, localizado na região central do município de Cotiporã, que tem pouco menos de 4 mil habitantes. Armados, eles renderam um grupo de pessoas que bebia num bar e usaram os reféns como "escudo humano" em frente à fábrica, enquanto explosivos eram utilizados para arrombar cofres que guardavam as joias.

Os bandidos chegaram a libertar parte dos reféns, mas entraram em confronto com a polícia durante a fuga. Três criminosos morreram, entre eles, Elisandro Rodrigo Falcão, o assaltante mais procurado do Estado. Dois PMs ficaram feridos. Na fuga, os assaltantes passaram por uma chácara nas proximidades, onde abandonaram um veículo Astra e fizeram outros reféns, totalizando nove pessoas em poder dos criminosos.

De acordo com a BM, mais de 100 policiais, inclusive de Porto Alegre, foram mobilizados para as buscas. O local era de difícil acesso e cercado por morros, riachos e mata fechada, o que dificultava o trabalho das forças de segurança, que contaram ainda com a ajuda de cães farejadores e helicóptero. Policiais da região se reuniram na prefeitura da cidade para acompanhar os trabalhos.

A polícia encontrou, após o assalto, várias bolsas com as joias roubadas da fábrica após o roubo. Cotiporã é considerada pacata e de janeiro a novembro de 2012 foram registrados 23 furtos, dois roubos e oito delitos relacionados a armas. A quadrilha que protagonizou o assalto na cidade era conhecida da polícia pelo uso de dinamite para roubos a comércios e bancos no interior do Estado.

Fonte: Terra
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