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Polícia

PR: considerado foragido, delegado suspeito de tortura é preso

19 jul 2013 - 17h28
(atualizado às 17h51)
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O delegado Silvan Pereira, que respondia pela delegacia de Alto Maracanã, em Colombo, região metropolitana de Curitiba, foi preso no final da tarde desta sexta-feira, no município de Laranjeiras do Sul, na região centro-sul do Paraná, numa ação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Rodoviária Federal. Com mandado de prisão expedido pela Justiça na última quarta-feira, por conta da acusação de tortura a presos no caso do assassinato da menina Tayná Adriane da Silva, 14 anos, Pereira foi o único dos 14 envolvidos que não se apresentou à polícia e era considerado foragido.

Pereira, que foi afastado do caso assim que houve conflito entre o inquérito conduzido por ele e as provas periciais obtidas pelo Instituto de Criminalística, é acusado de torturar até a confissão quatro homens presos no dia 27 de junho pela morte da menina. Após laudo apontar que o sêmen encontrado na calcinha de Tayná não era de nenhum dos quatro, eles prestaram novo depoimento, negando participação no crime e denunciando a tortura.

O mandado de prisão contra o delegado e as outras 13 pessoas foi expedido na última quarta-feira. Todos os outros, incluindo nove policiais civis, um militar, um guarda municipal e um auxiliar de carceragem já se apresentaram à policia e estão detidos.

Caso Tayná
Tayná desapareceu no dia 25 de junho quando voltava da casa de uma amiga, nas proximidades de um parque de diversões, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. O corpo da menina foi encontrado no dia 28 de junho. Três dos quatro suspeitos, presos no dia anterior, confessaram ter estuprado e matado Tayná. Um deles não teria participado diretamente do crime. No mesmo dia, o parque de diversões foi depredado e incendiado por moradores da região.

No dia 5 de julho, a Polícia Civil conclui o inquérito, indiciando Adriano Batista, 23 anos, Sérgio Amorin da Silva Filho, 22 anos, e Paulo Henrique Camargo Cunha, 25 anos, por estupro e assassinato da menina. Ezequiel Batista, 22 anos, irmão de Adriano, foi indiciado como cúmplice do crime. 

Porém, no dia 9 de julho, o resultado de exame de DNA indicou que o sêmen encontrado na calcinha da garota não é compatível com o material genético de nenhum dos quatro acusados. Na sequência, em depoimento ao Ministério Público, os quatro acusados negaram participação no crime e denunciaram terem confessado sob tortura. Com a contradição entre o inquérito e a prova pericial, o Ministério Público devolveu o inquérito à Polícia Civil.

Fonte: Especial para Terra
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