PUBLICIDADE

Polícia

PR: após prisão de médica, funcionários dão abraço simbólico em hospital

Diretora da UTI Geral foi presa suspeita de provocar a morte de pacientes

24 fev 2013 - 16h16
(atualizado às 16h27)
Compartilhar
Exibir comentários
Hospital ganhou o noticiário nacional após a prisão da diretora da UTI da instituição
Hospital ganhou o noticiário nacional após a prisão da diretora da UTI da instituição
Foto: Joyce Carvalho / Especial para Terra

Funcionários do Hospital Evangélico, em Curitiba (PR), realizaram um abraço simbólico no prédio da instituição, no início da tarde deste domingo. Centenas de participantes demonstraram apoio ao hospital, que ganhou destaque com a prisão da médica Virgínia Soares de Souza na última terça-feira, suspeita de provocar a morte de pacientes da UTI Geral. Outros três médicos foram presos ontem pelo Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa), da Polícia Civil. Uma enfermeira, que foi procurada ontem pelos policiais para o cumprimento de mandado de prisão, deve se apresentar espontaneamente nesta segunda-feira.

Nenhum funcionário ou representante da diretoria do Hospital Evangélico quis se pronunciar sobre o ato realizado neste domingo. Apenas afirmaram que é um gesto de apoio à instituição. Nem mesmo grupos internos, como o centro acadêmico dos estudantes da Faculdade Evangélica (ligada ao hospital), se posicionaram sobre os últimos fatos. Após o abraço, todos bateram palmas, realizaram orações e promoveram um minuto de silêncio. O ato durou cerca de 15 minutos e contou ainda com funcionários que estavam de folga e familiares de quem trabalha no hospital.

O secretário estadual de Saúde, Michele Caputo Neto, lembrou que o Hospital Evangélico forma profissionais de saúde. "Tem que fazer a separação do joio do trigo. Comprovada a culpa, a investigação está ocorrendo há mais de um ano, a Justiça vai saber o que fazer", comentou após o ato em frente ao hospital.

O secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, também esteve na manifestação e disse que a iniciativa do corpo clínico em fazer o ato demonstra o quanto a instituição é forte. "O Hospital Evangélico também tem uma importância absoluta para Curitiba, para o Paraná, no ponto de vista da prestação de saúde. Um terço do atendimento de urgência de Curitiba e Região é realizado no Evangélico. O evento que aconteceu é gravíssimo. Não podemos não ver a dimensão da gravidade do que aconteceu", declarou.

De acordo ele, as três esferas de governo estão envolvidas na sindicância desde que o problema veio à tona, além de garantir a manutenção do funcionamento do Evangélico. "Este hospital é vital para Curitiba. A saúde de Curitiba passa pelo Hospital Evangélico", ressaltou Massuda. Ele e o prefeito Gustavo Fruet estiveram ontem na instituição e conversaram com pacientes e funcionários. "Este fato não pode contaminar o resto do hospital. A visita do prefeito foi para cumprimentar todos os funcionários e dar apoio para que continuem trabalhando", disse o secretário.

O Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR) informou que representantes da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública de Curitiba e do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção à Saúde Pública se reuniram ontem com as secretarias municipal e estadual de Saúde. O MP-PR, por meio de nota, reiterou que as investigações não afetam a qualidade técnica nos serviços prestados pelo hospital.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade