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Polícia

Por reforma agrária, sem-terra ocupam prédios públicos e usina

23 ago 2011 - 16h14
(atualizado às 16h21)
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Famílias de trabalhadores rurais sem-terra ocuparam nesta terça-feira diversos prédios públicos no Nordeste do País, entre eles a sede da Eletrobrás em Maceió (AL). O Complexo de Paulo Afonso da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), na divisa com a Bahia, também foi ocupado. De acordo com o movimento, as ações fazem parte da jornada de lutas de agosto, em que o MST e a Via Campesina cobram reforma agrária e um plano de assentamento para os acampados.

Cerca de 4 mil trabalhadores rurais sem terra ocuparam a entrada principal da sede do Ministério da Fazenda na manhã desta terça-feira
Cerca de 4 mil trabalhadores rurais sem terra ocuparam a entrada principal da sede do Ministério da Fazenda na manhã desta terça-feira
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

Em Alagoas, mil famílias ocuparam a Eletrobrás, a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Secretaria do Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário de Alagoas (Seagri). Outros mil trabalhadores ocuparam o complexo da usina.

Em Pernambuco, cerca de 200 sem-terra ocuparam a sede do Incra no Recife. O movimento espera que o número de manifestantes suba para 500 até o final do dia, já que eles montaram acampamento no pátio. No Estado, duas fazendas foram reocupadas no domingo.

Já no Rio Grande do Sul, o movimento realizou uma série de manifestações no interior. Em Santana do Livramento, 250 trabalhadores interditaram o trevo de entrada da cidade, assim como em Manoel Viana uma rodovia foi interditada. Nos municípios de São Luiz Gonzaga, Júlio de Castilhos e Piratini, agricultores ocuparam o Banco do Brasil.

Em Brasília, cerca de 4 mil trabalhadores rurais ocuparam a entrada principal da sede do Ministério da Fazenda. Com a condição de que os manifestantes liberassem o local, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, marcou uma audiência com as lideranças do movimento e um representante do Ministério da Fazenda.

Segundo a assessoria de imprensa do MST, eles querem uma resposta à questão das dívidas dos pequenos agricultores, avaliadas em cerca de R$ 30 bilhões. Também cobram o fim da previsão de corte de aproximadamente R$ 65 milhões nos investimentos em reforma agrária no País este ano.

Fonte: Terra
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