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Polícia

Policial é condenado a 36 anos pela morte de jovens em SP

11 jul 2014 - 00h04
(atualizado às 07h06)
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Os sete jurados que compõem o Tribunal do Júri decidiram nesta quinta-feira condenar o policial militar Alexandre André Pereira da Silva pela morte de três jovens em 2006, em São Paulo, no episódio que ficou conhecido como “crimes de maio”. Silva foi condenado, por homicídio qualificado, a 36 anos de prisão, em regime fechado, e perda de cargo público. O réu poderá recorrer da decisão em liberdade.

Silva foi o primeiro policial que respondeu a processo e foi condenado pelos ataques ocorridos em maio de 2006, atribuídos a confrontos entre membros da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e policiais. Na onda de ataques, entre os dias 12 e 20 de maio de 2006, 493 pessoas foram mortas; entre elas, 43 agentes públicos. Estudo da Justiça Global apontou que, em 71 dos casos em que civis foram mortos, há fortes indícios de envolvimento de policiais membros de grupos de extermínio.

O júri foi presidido por Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, mesmo juiz que presidiu três das quatro etapas de julgamento do massacre do Carandiru, em que 73 policiais foram condenados pela morte de 77 dos 111 detentos assassinados na extinta Casa de Detenção Carandiru, em 1992.

Silva foi condenado pelas mortes de Murilo de Moraes Ferreira, Felipe Vasti Santos de Oliveira e Marcelo Heyd Meres. Os três jovens estavam conversando em uma esquina do Jardim Brasil, na zona norte da capital paulista, quando homens em motocicletas passaram atirando.

Agência Brasil Agência Brasil
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