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Polícia

Polícia: Polegar foi preso porque usou documento de fugitivo

21 out 2011 - 17h38
(atualizado às 22h56)
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Luís Bulcão
Mônica Garcia
Direto do Rio de Janeiro

O delegado da Polícia Federal responsável pela Divisão de Combate ao Crime Organizado do Rio, Vítor Hugo Poubel, afirmou que a prisão do traficante Alexander Mendes da Silva, o Polegar, 37 anos, é resultado do trabalho de inteligência conjunto da polícia paraguaia e da brasileira. No entanto, inicialmente, a razão da prisão do traficante naquele país foi a identidade que ele usava ao ser abordado por policiais. Polegar usou o documento de um homem, que já tinha um mandado de prisão expedido em seu nome. "Para o azar dele, o documento que ele usou tinha um mandado de prisão", afirmou o delegado.

Polegar será transferido para o presídio federal de Porto Velho, em Rondônia. O ex-chefe do tráfico da Mangueira chegou ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira e deve ser transferido para a unidade do Norte do País no início da próxima semana.

De acordo com Poubel, a polícia do Paraguai entrou em contato com a polícia brasileira após desconfiar do documento de identidade falso apresentado por Polegar no momento em que ele tentava comprar, com dinheiro vivo, um carro de luxo em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Pontaporã, no Mato Grosso do Sul. A Polícia Federal conseguiu confirmar a identidade de Polegar ao comparar as impressões digitais do traficante.

Poubel ressaltou a ação dos organismos de combate ao tráfico internacional do país vizinho. Segundo ele, a prisão de Polegar não foi circunstancial. "A informação que nós temos é de que (a prisão) não foi por acaso", afirmou. O delegado disse ainda que os paraguaios haviam sido informados da possibilidade de traficantes do Rio estarem refugiados em seu território e estavam monitorando a movimentação de suspeitos.

No entanto, o policial confirmou que o traficante foi detido inicialmente porque havia um mandado de prisão expedido contra a pessoa pela qual Polegar tentava se passar através da identidade falsa. Segundo Poubel, as investigações ainda estão em andamento para descobrir se há mais traficantes vivendo na área em que o traficando foi encontrado. "O governo paraguaio não quer traficantes brasileiros morando e agindo naquele país".

Poubel não confirmou a informação de que Polegar estava enviando drogas ou armas ao Brasil, sendo que nenhum armamento foi apreendido junto ao traficante. Um dos fatores que teriam levantado a suspeita dos policiais do Paraguai seria a forma como o refugiado estaria vivendo no país vizinho. "Ele estava vivendo uma vida fora dos padrões daquela localidade, tanto que usava carros de luxo", afirmou Poubel.

O traficante teria alegado que estava no Paraguai viajando com a família e que "não quer saber da vida de crime". Foram apreendidos com ele dois carros de luxo uma caminhonete Toyota Hilux, avaliada em cerca de R$ 140 mil, e um Kia Cadenza, de R$ 110 mil. A polícia paraguaia suspeita que Polegar estava comandando um grupo de criminosos em Pedro Juan Caballero.

Após passar por identificação formal na sede da Polícia Federal do Rio, ele foi encaminhado para o presídio de Bangu 1, onde deve aguardar sua transferência.

Com informações do Jornal do Brasil.

PF monta forte esquema para receber Polegar
PF monta forte esquema para receber Polegar
Foto: Polícia Federal / Terra
Fonte: Terra
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