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Polícia

Polícia investiga união de facções para ataques, diz jornal

24 nov 2010 - 04h36
(atualizado às 06h10)
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Serviços de inteligência da Polícia do Rio de janeiro capturaram conversas entre traficantes de duas facções criminosas programando uma "mega-ação" de ataques para o próximo sábado (27), segundo reportagem publicada na Folha de S. Paulo publicada nesta quarta-feira.

De acordo com o jornal, nas conversas entre os traficantes interceptadas pela polícia aparecem sugestões de ataques contra as sedes dos governos estadual e municipal e de lançamento de explosivos em áreas de grande aglomeração, como shoppings e pontos de ônibus. A reportagem diz ainda que os integrantes das facções criminosas estariam planejando ações para atingir diretamente familiares do governador Sérgio Cabral.

Violência

A onda de ataques teve início na tarde de domingo, quando homens armados com fuzis atearam fogo em dois carros na Linha Vermelha, sentido Centro, na altura da rodovia Washington Luis. Seis criminosos em dois carros abordaram três veículos por volta das 13h. Eles roubaram todos os pertences dos donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro.

Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer) que andava em velocidade reduzida na Linha Vermelha devido a uma pane mecânica. A quadrilha chegou a arremessar uma granada contra o utilitário Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso.

Ainda no domingo, em arrastão na Via Dutra, uma quadrilha armada bloqueou um trecho da pista sentido São Paulo, na altura de Pavuna, e roubaram um Kia Cerato e um Prisma. Na ação, uma das vítimas, identificada como Guilherme Feitosa da Silva, 26 anos, foi baleado na cabeça e levado em estado grave para o Hospital Getúlio Vargas.

Na manhã de segunda-feira, cinco bandidos armados atacaram motoristas no Trevo das Margaridas, próximo à avenida Brasil, em Irajá, também na zona norte. Os criminosos roubaram e incendiaram três veículos - uma van de passageiros que fazia o trajeto de Belford Roxo para o Centro -, além de um Monza e um Uno. Também na segunda pela manhã, criminosos armados com fuzis atiraram em uma cabine da PM na rua Monsenhor Félix, em frente ao Cemitério de Irajá. A PM acredita que o incidente tenha sido provocado pelos mesmos bandidos que haviam incendiado os três carros no Trevo das Margaridas.

À noite, criminosos incendiaram dois carros na rodovia Presidente Dutra, sentido Capital, na altura da Pavuna. Na zona norte, uma cabine da Polícia Militar (PM) foi metralhada próximo ao shopping Nova América, em Del Castilho.

Já na manhã desta terça-feira, dois homens em um foram mortos a tiros em um Honda Civic na rodovia Washington Luís, altura do km 122. Segundo a Polícia Militar, não há relação entre este crime e a onda de ataques.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, atribuiu a escalada de violência à atuação do Estado no combate à criminalidade nas favelas. "Sem dúvidas isso tem relação com a nossa política de segurança pública", afirmou, referindo-se à implantação de unidades de polícia pacificadora (UPPs).

Nesta terça-feira, a cúpula da Polícia Militar anunciou a operação "Fecha Quartel", que prevê a utilização de todos os homens nas ruas com o objetivo de reforçar o patrulhamento. A PM informou que reduzirá as folgas dos policiais gradativamente até o ano que vem, além de prometer a contratação de 7 mil policiais. Para o combate ao crime, a corporação ainda utilizará o Batalhão de Choque e 140 motocicletas.

Motor de Clio foi danificado por atentado em rua da Tijuca
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Foto: Mauricio Bazilio / Futura Press
Fonte: Redação Terra
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