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Polícia

Polícia inicia programa contra o crime em bairros paulistas

Capão Redondo, Campo Limpo e Jardim Ângela têm ação contra roubos e homicídios; "nova política pública" deve ir a outras regiões

1 ago 2014 - 18h28
(atualizado às 20h15)
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<p>Policiamento ostensivo ao lado da estação Capão Redondo do metrô, na zona sul de São Paulo, antes do início da operação</p>
Policiamento ostensivo ao lado da estação Capão Redondo do metrô, na zona sul de São Paulo, antes do início da operação
Foto: Débora Melo / Terra

A Polícia Militar (PM) de São Paulo iniciou na tarde desta sexta-feira uma operação de combate ao crime na zona sul de São Paulo, especificamente nos bairros Capão Redondo, Campo Limpo e Jardim Ângela. A área é considerada pela PM uma das mais violentas da capital.

Batizada de Política para Prevenção Criminal e Manutenção da Paz e Ordem Pública (PrevPaz), a operação conta com 390 policiais militares do Rota, da Força Tática, do 2º Batalhão de Choque, do Comando e Operações Especiais (COE), da Cavalaria e da Rocam, bem como do comando de trânsito (CPTran). Os homens atuarão durante 24 horas de dias por pelo menos dez dias – a data exata em que a operação será concluída não foi informada por questões estratégicas.

Toda a área já conta com 18 bloqueios, que mudam de lugar a cada duas horas. Além disso, a polícia tem uma lista de 350 pessoas procuradas na região e pode efetuar prisões a qualquer momento.

De acordo com o coronel Glauco Carvalho, chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), os três bairros foram escolhidos por apresentarem índices elevados de criminalidade. Do total de 557 homicídios registrados de janeiro a junho na cidade, 45 (8%) aconteceram nos três bairros. Dos 79.723 casos de roubo, 4.537 (6%) foram na região.

A área foi definida como “prioridade” pela PM, mas, segundo o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, essa será uma política pública permanente, sem data para acabar. A ideia é que a operação seja levada para todas as regiões que apresentem “uma situação preocupante” na capital. “O propósito é identificar os pontos críticos para desenvolver operações planejadas”, disse Grella.

Os últimos indicadores mostraram altas consecutivas nos casos de roubo no Estado de São Paulo. Questionado sobre o porquê de operações como a PrevPaz terem sido iniciadas só agora, no segundo semestre, Grella afirmou que “tudo tem o seu momento” e que o aumento dos roubos é uma "realidade nacional".

"Tivemos uma série de desafios. Várias operações sempre foram feitas pela Polícia Militar. Nós temos um histórico em São Paulo de homicídios que foi reduzido em 15 anos. Isso não foi o trabalho de um ano, foi um trabalho de 15 anos. Então agora o que se exige é a atenção nossa nos crimes violentos contra o patrimônio, sem descuidarmos da questão dos homicídios. Então tudo tem o seu momento”, declarou. 

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Fonte: Terra
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