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Polícia

Polícia começa a substituir Exército no Complexo da Maré

30 abr 2015 - 22h00
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A partir das 22h desta quinta-feira a Polícia Militar começa a substituir as Forças de Pacificação do Exército em quatro comunidades do Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. Nova Holanda, Parque União, Rubens Vaz e Nova Maré passam a fazer parte de um cinturão de segurança nos acessos às comunidades. Serão sete pontos de base, além do reforço nas vias expressas que margeiam a comunidade: Linha Vermelha, Amarela e Avenida Brasil.

Nas pichações do Complexo da Maré é possível notar décadas de domínio do tráfico de drogas. A certeza vem das frases e dos recados ameaçadores que você lê, em bom ou mau português, em paredes de casas e muros da favela
Nas pichações do Complexo da Maré é possível notar décadas de domínio do tráfico de drogas. A certeza vem das frases e dos recados ameaçadores que você lê, em bom ou mau português, em paredes de casas e muros da favela
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Um total de 369 policiais mais equipes do 22º Batalhão, que fica entre a Linha Vermelha e a Nova Holanda vão ocupar os lugares do exército. O efetivo estava em treinamento, de acordo com a Polícia Militar, desde novembro de 2014 e já atuavam em conjunto com o exército em patrulhamentos e no atendimento de ocorrências.

A previsão é que forças do Batalhão de Operações Especias, o Bope, Batalhão de Choque e mais dois batalhões especiais, apoiem a entrada dos PMs nas quatro comunidades, fazendo uma varredura em busca de traficantes, drogas e armamento. Só este ano a polícia do Rio já apreendeu um total de 125 fuzis em operações: 35 do modelo AK 47, 11 do modelo AR 15, oito do modelo M 16, sete do tipo  FAL e outros 64 de modelos diferentes.

A polícia já ocupa desde o início de abril das comunidades da Praia de Ramos e Roquette Pinto, cuja Unidade de Polícia Pacificadora deverá ser inaugurada em julho. A transição completa, de acordo com o decreto firmado entre as tropas federais, Ministério da Justiça e Secretaria de Segurança do Rio, deverá ser feita até o dia 30 de junho. Na manhã desta sexta-feira, a Polícia vai dar mais detalhes do início da operação. 

ALEMÃO

Na próxima segunda-feira os moradores do Complexo do Alemão vão levar suas queixas e reinvindicações aos parlamentares da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). No dia 19 de maio vai ser a vez da audiência ouvir reclamações sobre operações policiais e também saber das condições de trabalho dos policiais nessas áreas pacificadas. 

Fonte: Terra
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