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Polícia

Polícia busca malas e faca para encerrar caso de executivo da Yoki

7 jun 2012 - 12h56
(atualizado às 15h04)
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Vagner Magalhães
Direto de São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo irá fazer uma busca para encontrar a faca utilizada para o esquartejamento do empresário Marcos Kitano Matsunaga, executivo-chefe da indústria alimentícia Yoki, e as três malas utilizadas para transportar o corpo da vítima. A mulher de Marcos, Elize Matsunaga, confessou o crime à polícia nesta quarta-feira.

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O diretor da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Jorge Carlos Carrasco, afirma que após a confissão de Elize e a reconstituição do crime, feita na noite de ontem, ele considera o caso praticamente encerrado.

"O depoimento dela bateu com a situação que vimos no apartamento e a versão parece bastante verossímil. Ao que tudo indica ela agiu mesmo sozinha", disse ele.

De acordo com o delegado, na próxima segunda-feira, policiais devem refazer o trajeto entre o apartamento da vítima e a região de Cotia, na Grande São Paulo, onde o corpo do empresário foi encontrado. A ideia é passar pelos locais descritos por Elize no depoimento, já que ela teria abandonado no local as partes do corpo do marido. A acusada pelo crime não deverá participar das buscas.

"O que esperamos agora são os laudos feitos pela perícia, além da faca utilizada no esquartejamento e as malas utilizadas para o transporte do corpo", disse.

Na noite de ontem, nove peritos estiveram no apartamento acompanhando a reconstituição do crime, onde Elize teria descrito como matou, arrastou o marido pela casa e depois o esquartejou.

Segundo o delegado, com a utilização de reagentes, foi possível perceber que a descrição dada por ela mostrava que havia sinais de sangue coincidentes por onde Elize diz ter transportado o corpo.

Empresário é esquartejado

Executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo a investigação, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, 38 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho. Ela e Matsunaga eram casados há três anos e têm uma filha de 1 ano. O empresário era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior.

De acordo com as investigações, no dia 19 de maio, a vítima entrou no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulista e, a partir daí, as câmeras do prédio não mais registram a sua saída. No dia seguinte, a mulher aparece saindo do edifício com malas e, quando retornou, estava sem a bagagem. Durante perícia no apartamento, foram encontrados sacos da mesma cor dos utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Além disso, Elize doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo antes de ser presa. Uma das armas tinha calibre 380, o mesmo do tiro que matou o empresário.

Em depoimento dois dias depois de ser presa, Elize confessou ter matado e esquartejado o marido em um banheiro do apartamento do casal. Ela disse ter descoberto uma traição do empresário e que, durante uma discussão, foi agredida. A mulher ressaltou ter agido sozinha.

Fonte: Terra
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