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Polícia

Polícia acredita que professor matou filho e se suicidou

22 abr 2009 - 22h35
(atualizado em 23/4/2009 às 09h33)
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Hermano Freitas

Direto de São Paulo

Um homem com ciúmes por não obter a guarda do filho na Justiça matou a criança e depois se suicidou. Assim o titular do 16° Distrito Policial (Vila Clementino), Virgílio Guerreiro Neto, resumiu a hipótese mais provável para a polícia após encontrar pai e filho, de apenas 4 anos, mortos nesta tarde em Mirandópolis, bairro de classe média alta na zona sul de São Paulo. Em depoimento, segundo o delegado, a mãe do menino negou que o advogado fosse violento, mas afirmou que ele ameaçava "sumir" com a criança.

A Polícia Militar (PM) encontrou nesta tarde os corpos do professor de Direito da Universidade de São Paulo, Renato Ventura Ribeiro, 39 anos, dentro de um apartamento em um condomínio residencial na avenida Senador Casemiro da Rocha. Segundo a diarista Marcia Souza, 36 anos, que encontrou os corpos, ambos estavam deitados na cama com marcas de tiro e em avançado estado de decomposição. Uma pistola que foi encontrada no local é a provável arma do crime.

Questionado sobre a hipótese de homicídio seguido de suicídio, o delegado concorda. "Pela experiência, não vejo chance de ser algo diferente", disse. Entre os motivos para a versão, o delegado aponta uma recente disputa judicial pela guarda do menino perdida e algumas ameaças. "Segundo a mãe, violento ele não era, mas eles tinham uma relação de disputa pelo filho. Ele fazia ameaças de que ia sumir com a criança", disse Guerreiro.

Ribeiro apanhou o filho na última sexta-feira e deveria devolvê-lo no domingo, dia do aniversário da mãe. Após desconfiar da demora na entrega da criança e sem conseguir falar com o pai, a mãe registrou um Boletim de Ocorrência do descumprimento da determinação judicial de devolver a criança na segunda-feira.

O menino era filho de um relacionamento amoroso de poucos meses entre o casal. "Eles nunca foram casados nem moraram juntos", disse o delegado. O pai tinha direito de ver o filho a cada 15 dias e lutava na Justiça pelo direito de morar no apartamento onde vivia há 10 anos com ele. Uma amiga da família que não quis se identificar afirmou que Ribeiro "adorava" o filho. Ribeiro foi descrito como um homem quieto e profissional eficiente pela mesma pessoa.

Segundo o Serviço Funerário de São Paulo, a família não autorizou a divulgação de horário e local dos enterros.

Fonte: Terra
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