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Polícia

Corregedoria investiga PMs que filmaram suspeitos agonizando

16 abr 2014 - 12h47
(atualizado às 13h42)
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Policiais filmam bandidos agonizando após tiroteio:

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo investiga 12 policiais que divulgaram um vídeo em que bandidos aparecem baleados agonizando após um tiroteio que ocorreu no último dia 8. Durante o vídeo, esses policiais aparecem fazendo gozações e satirizando os homens atingidos. “Morre logo, ladrão”, diz um deles, enquanto outra pessoa faz a gravação. De acordo com o coronel da PM, Roberto Meira, os 12 homens estão sendo ouvidos pela corregedoria e podem ser expulsos e presos.

“Temos 12 policiais militares recolhidos na corregedoria da sendo ouvidos um por um para saber a versão de cada um deles. São seis PMs do 29 Batalhão e seis do 48, os dois da zona leste. O objetivo é tentar identificar quem foi o policial, se é que foi um policial, que fez aquelas imagens que são imagens que abominados e repudiamos. Isso não se faz pra ninguém em nenhuma hipótese”, disse Meira.

 O coronel afirmou que a corregedoria tentará resolver o caso ouvindo os policiais. Caso contrário será preciso instaurar um inquérito, pedindo quebra de sigilo telefônico e da internet.

“Se os policiais militares forem identificados pela autoria daquele vídeo serão presos administrativamente. Se não for descoberto, vamos instaurar inquérito, pedir quebra de sigilo telefônico de todos e temos condições de identificar quem foi o autor. Temos como ver as postagens pelas IPs, mas preciso de um inquérito instaurado para que a justiça autorize a quebra dos sigilos telefônicos e pelo Facebook”, disse.

De acordo com Meira, os policiais participaram da ocorrência, realizada na Vila Curuçá, zona leste, e envolveu policiais de dois batalhões.

“Os policiais que participaram do confronto estão todos identificados e os que foram apoiar a ocorrência também. A divulgação das imagens por si só é uma falta de natureza grave. Isso já é motivo de expulsão. Estamos reorientando os policiais para que não se faça nem vídeo nem foto. Quem tem que fazer isso é perícia”, explicou.

Fonte: Terra
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