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Polícia

PM terá 1,8 mil policiais na Parada Gay de SP

Número é 50% maior do que o efetivo em 2012; polícia nega que o aumento esteja ligado aos incidentes da Virada Cultural

28 mai 2013 - 18h21
(atualizado às 19h18)
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De acordo com o coronel Reinaldo Simões Rossi, comandante da PM na região central da cidade, o aumento do efetivo não está ligado aos incidentes ocorridos na Virada Cultural
De acordo com o coronel Reinaldo Simões Rossi, comandante da PM na região central da cidade, o aumento do efetivo não está ligado aos incidentes ocorridos na Virada Cultural
Foto: Vagner Magalhães / Terra

A Polícia Militar de São Paulo irá utilizar 1,8 mil integrantes de seu efetivo para fazer a segurança da Parada Gay e do seu entorno, no próximo domingo. O evento começa na avenida Paulista, passa pela rua da Consolação e termina nas imediações da Praça da República, região central da  capital. A principal recomendação para aqueles que vão participar do evento é para não ostentar objetos pessoais de valor, principalmente celulares.

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O evento será o primeiro que reunirá milhares de pessoas após a realização da Virada Cultural, nos dias 18 e 19 de maio. Na ocasião, o policiamento sofreu severas críticas por conta de arrastões - assaltos que envolvem um grande número de criminosos - e uma atuação passiva dos policiais diante dos relatos do público, vítima dos criminosos. Uma pessoa foi baleada durante um assalto e morreu.

No início do mês, a PM divulgou que o número de policiais previsto para trabalhar no evento era o mesmo do ano passado. De acordo com o coronel Reinaldo Simões Rossi, comandante da PM na região central da cidade, o aumento do efetivo não está ligado aos incidentes ocorridos na Virada Cultural.

"Faremos um trabalho vinculado à proteção da vida e do patrimônio das pessoas. Teremos policiamento velado para acompanhar eventuais grupos que queiram quebrar a ordem. Serão desenvolvidas ações para garantir a segurança, não só no evento, como nos corredores e seu entorno. Estaremos atentos a grupos que optem por fazer ações coletivas", disse o coronel.

Ele afirma que neste ano haverá policiais em plataformas elevadas no percurso da parada para aumentar o campo de visibilidade da tropa. "Estamos confiantes que ao final da parada tenhamos resultados favoráveis não só em números, mas também com a sensação de que cumprimos o nosso dever", disse.

De acordo com o comandante, o policiamento velado estará atento à atuação de grupos de intolerância e, inclusive, àqueles que se unam para a realização de roubos. "Esse é um dos motivos que justificam o aumento do efetivo de policiamento", disse.

Evento

A 17ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), programada para o dia 2 de junho na avenida Paulista, terá como tema central a luta contra o "retrocesso". Com o mote "para o armário nunca mais", os organizadores pretendem chamar a atenção para o que eles chamam de ação de "segmentos religiosos fundamentalistas", que estariam agindo no legislativo brasileiro. 

Um dos alvos será o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH) da Câmara, a quem os manifestantes reservaram  um dos trios elétricos da parada como forma de protesto.

Fonte: Terra
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