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Polícia

PF prende quadrilha por fraudes em licitações em 10 Estados e no DF

Organização fraudulenta recebeu mais de R$ 400 milhões em dinheiro público nos últimos 5 anos, apurou a PF

9 set 2013 - 10h32
(atualizado às 10h33)
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A Polícia Federal realiza uma operação nesta segunda-feira para prender suspeitos de integrar uma quadrilha que desviava dinheiro público a partir de fraudes em licitações em 10 Estados e no Distrito Federal. A Operação Esopo cumpre, ao todo, 101 mandados judiciais - 25 de prisão temporária, 12 de condução coercitiva (que obriga a pessoa a ir à delegacia e prestar depoimento), além de 44 mandados de busca e apreensão e 20 de sequestro de valores, bens móveis e imóveis.

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Segundo a PF, a quadrilha era formada por uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), que é uma ONG criada pela iniciativa privada, além de empresas, pessoas físicas, servidores públicos de alto escalão e agentes políticos. O bando fraudava processos licitatórios, direcionando as contratações à Oscip que fazia parte de prefeituras, governos estaduais e até ministérios do governo federal.

Após o contrato, a organização prestava os serviços com valores superfaturados, ou não realizava o trabalho contratado. As empresas integrantes da Oscip recebiam repasses milionários, de acordo com as investigações. Nos últimos cinco anos, a organização já recebeu mais de R$ 400 milhões em dinheiro público.

Agentes da PF cumprem mandados em empresas localizadas nas sedes das prefeituras de sete municípios do Estado de Minas Gerais - Araçuaí, Coração de Jesus, Januária, São Francisco, São João da Ponte, Taiobeiras e Três Corações. Policiais também revistam as sedes de um instituto do governo de MG, de um ministério do governo federal (que não foi identificado) e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

Os presos na Operação Esopo devem responder por crimes contra a administração pública, formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, além de outros delitos. As penas máximas podem passar de 30 anos de prisão.

Lobo em pele de cordeiro

O nome da operação da PF faz referência ao escritor grego Esopo, autor da fábula "lobo em pele de cordeiro". Segundo a PF, a história do fabulista, que prega a moral de conduta, resume os atos da organização investigada.

A Oscip teria usado a justificativa de atuar em parceria com o poder público para desviar verba pública. Segundo a PF, a organização "deveria pautar sua atuação no interesse social", mas atuou "como verdadeiro lobo em pele de cordeiro".

Fonte: Terra
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