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Polícia

PF prende 9 suspeitos de fraude de US$ 20 milhões no RJ

13 nov 2009 - 19h22
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Policiais federais da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (Delefin) prenderam, até as 18h desta sexta-feira, nove suspeitos de praticarem lavagem de dinheiro e crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, no Rio de Janeiro, durante a Operação Sexta-feira 13. De acordo com o procurador da República Carlos Alberto Vieira, a estimativa é que o grupo tenha movimentado pelo menos US$ 20 milhões nos últimos 14 anos.

Os detidos são acusados de envolvimento em um esquema de corrupção e fraudes em licitações para prestação de serviços e fornecimento de medicamentos para hospitais públicos. O esquema havia sido descoberto em agosto de 2005, durante a Operação Roupa Suja.

O Ministério Público Federal no Rio (MPF-RJ) denunciou à Justiça e pediu a prisão preventiva da quadrilha formada por doleiros e empresários. Foram expedidos 12 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão no Rio e em São Paulo. Até o momento, a polícia apreendeu cerca de US$ 17 mil e R$ 450 mil, sendo R$ 200 mil em apenas uma residência.

Em 2005, a PF desarticulou duas quadrilhas que fraudavam licitações do Ministério da Saúde e laboratórios públicos, inclusive na compra de insumos para produção de medicamentos de combate ao vírus HIV. Os acusados vão responder pelos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha. As penas variam de acordo com o número de vezes em que cada crime foi cometido. Entre os réus, estão Vitorio Tedeschi e Altineu Pires Coutinho, líderes das quadrilhas presas na Operação Roupa Suja e condenados a 14 anos de reclusão. Os dois, porém, recorriam em liberdade.

Segundo o MPF, os crimes teriam alcançado dezenas de milhões de dólares. Segundo a denúncia, as fraudes foram foram concebidas e executadas pelos escritórios dos doleiros Chaim Henoch Zalcberg, Antônio Wanis Filho, Rosane Messer e Dario Messer, com o uso de contas na Suíça e nos EUA.

Entre os 21 réus do novo processo, estão doleiros já investigados em outras operações, como Dario Messer, investigado no chamado "escândalo dos precatórios" e sócio de contas apuradas no Caso Banestado. No relatório da CPI do Banestado, consta que Messer financiou a abertura da empresa que mantinha e administrava diversas contas pertencentes a doleiros brasileiros, no banco Chase Manhattan, nos Estados Unidos. Essa corporação teve suas atividades encerradas nos EUA por envolvimento com lavagem de dinheiro e foi, no Brasil, foco da Operação Farol da Colina.

Estão com a prisão decretada Vittorio Tedeschi, Altineu Pires Coutinho, Ettore Reginaldo Tedeschi, Chaim Henoch Zalgberg, Antônio Wanis Filho, Eliezer Lewin, Arnaldo Haft, Fabrício de Oliveira Silva, Adailton Guimarães, Srul Josek Pechman, Rosane Messer e Dario Messer. Os envolvidos no esquema que estão em liberdade são Flávio Garcia da Silva, Diana Laura Tedeschi, Berta Medina Tedeschi, Ana Cristina Ávila Tedeschi, Roberto Matalon, Clark Setton, Francisco Sampaio Vieira de Faria, Gabriel Lewi Seszes e Clemente Dana.

Fonte: Terra
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