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Polícia

PF prende 5 por fraude de R$ 2 mi ao INSS em Campinas

19 abr 2010 - 17h05
(atualizado às 17h13)
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Rose Mary de Souza
Direto de Campinas

A Polícia Federal de Campinas prendeu nesta segunda-feira um advogado, dois despachantes e dois servidores de uma agência da Previdência Social acusados de fraudar e gerar um prejuízo de R$ 2,1 milhões aos cofres do Instituto Nacional de Previdência Social (INSS).

A operação, denominada Prisma, consistiu no cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão de documentos. Em entrevista coletiva nesta tarde, o delegado-chefe da Policia Federal de Campinas, César Augusto Toseli, disse que a ação do grupo se concentrava em um escritório de advocacia de fachada no centro da cidade que intermediava os pedidos de concessão de benefícios com a conivência de dois servidores do INSS.

Segundo o delegado Toseli, o grupo fraudava os dados dos contribuintes criando um vínculo empregatício falso. Os informes correspondiam a anos anteriores a 1975 período em que não havia um cadastro nacional de informações sociais.

Pelo menos 200 processos concedidos em 2007 e 2008 foram lançados no banco de dados do INSS, sendo que 130 deles já foram suspensos. "Nós vamos averiguar qual a participação dos beneficiados nisso e eles serão chamados a depor. Muitos já foram ouvidos. Os demais nós vamos checar e também poderão ser indiciados por coautoria", disse.

Segundo o delegado Toseli, os intermediários cobravam uma taxa para "agilizar" a concessão do beneficio. "Teremos que ver qual o grau de responsabilidade que eles (beneficiários) têm, se agiram com dolo, se sabiam do comprometimento ou se forem ludibriados pela quadrilha".

Os envolvidos serão processados por estelionato, corrupção e formação de quadrilha. Os servidores públicos ainda responderão a um processo administrativo com risco de exoneração.

A superintendente regional do INSS no Estado de São Paulo, Elisete Bertiol Ywai falou que a partir de 2009 a inserção de informações ao banco de dados é submetido a chefia imediata. "Até 2008 os próprios servidores recebiam e analisavam documentos, folha de pagamento, carteira de trabalho e lançavam no prisma que é o sistema de banco de dados para a concessão de benefícios", disse. "Essa documentação apreendida pode trazer subsídios para outras ações da previdência e interrupção de concessão fraudulentas", afirmou.

Fonte: Especial para Terra
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