PF prende 38 suspeitos de integrar grupos de extermínio na PB
A Polícia Federal na Paraíba deflagrou nesta sexta-feira uma operação para prender policiais civis, militares e agentes penitenciários acusados de integrar grupos de extermínio, além de fazerem segurança privada clandestina e extorsão de traficantes. Até as 18h30, a PF havia detido 38 pessoas.
Batismo de fogo: veja nomes "inusitados" das operações policiais
De acordo com a investigação, que começou há cerca de um ano, a maioria dos suspeitos atuava na região metropolitana de João Pessoa. Além das condutas criminosas citadas, os policiais são acusados de tráfico ilícito de armas, corrupção e lavagem de dinheiro. Cerca de 400 policiais federais cumpriam 45 mandados de prisão, 11 conduções coercitivas à delegacia e 19 mandados de busca e apreensão.
Entre os presos na Operação Squadre estão integrantes de três diferentes milícias. A primeira é composta por policiais militares, policiais civis, um agente penitenciário e civis, que atuavam como grupo de extermínio, principalmente na região metropolitana de João Pessoa. As vítimas eram em geral presos e ex-presidiários, executados em razão de acertos de contas. Vinte e três deles foram presos.
O outro grupo era comandado por oficiais da Polícia Militar e realizava segurança privada clandestina, bem como comércio ilegal de armas e munições, usando para isso uma empresa em nome de laranjas. O grupo criminoso, que contava também com o apoio de um delegado da Polícia Civil da Paraíba, é investigado, ainda, pela prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Outra quadrilha de milicianos é formada por policiais civis, policiais militares e um agente penitenciário, que atuava extorquindo traficantes de drogas, assaltantes de banco e outros criminosos. Os três grupos criminosos estão interligados pelo tráfico ilegal de armas e munições.
