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Polícia

PF prende 13 pessoas por desvio de R$ 5 milhões de municípios de MG

27 mai 2013 - 08h48
(atualizado às 20h22)
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A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira pelo menos 13 pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha que teria desviado cerca de R$ 5 milhões de municípios do norte do Estado de Minas Gerais. A quadrilha - formada por empresários, servidores públicos e agentes políticos - atuava principalmente nos municípios mineiros de Januária e Itacarambi, que ficam a cerca de 600 quilômetros de Belo Horizonte. Mas o bando também tinha "tentáculos criminosos" em outras quatro cidades de Minas Gerais, além de dois municípios da Bahia e um do Espírito Santo.

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As outras cidades envolvidas são Montes Claros, São Francisco, Manga e Janaúba, em MG; Vitória da Conquista e Prado, na BA; e Guarapari, no ES. A Operação Sertão-Veredas cumpre, ao todo, 45 mandados judiciais - 14 de prisão, 10 de busca e apreensão e 21 de sequestro de Valores, bens móveis e imóveis. O nome da ação é uma referência à obra de Guimarães Rosa (1956). Derivada da expressão latina veredus, representa o estreito caminho a ser seguido no combate à corrupção públical, conforme a PF.

Segundo as investigações, a quadrilha fraudava processos licitatórios, direcionando as contratações para empresas de propriedade dos suspeitos. Não havia fiscalização em obras públicas de diversas áreas da construção civil, além de pavimentação de vias públicas, manutenção de estradas e de locação de máquinas para a limpeza urbana - os servidores envolvidos no esquema chegavam a assinar a conclusão de obras incompletas ou que não existiam. As empresas investigadas pela Operação Sertão-Veredas emitiam notas fiscais frias sobre serviços que não haviam sido executados, ou que tinham sido feitos de forma diferente à que constava no projeto.

O dinheiro desviado era aplicado em bens, móveis e imóveis, localizados em outros Estados. As propriedades eram registradas em nome de outros empresários e de "laranjas". A Justiça determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos suspeitos, além de ter bloqueado os bens dos investigados e das empresas envolvidas.

Os presos devem responder por crimes contra a administração pública, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, dentre outros crimes. Eles podem ser condenados a mais de 30 anos de prisão.

Fonte: Terra
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