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Polícia

PF prende 11 em operação contra fraudes em licitações no ES

16 set 2010 - 11h28
(atualizado às 13h53)
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Eliana Gorritti
Direto de Vitória

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira, no Espírito Santo, a Operação Moeda de Troca, que tem o objetivo de desarticular uma quadrilha suspeita de desviar dinheiro público estadual e municipal por meio de fraudes em licitações. Ao todo, 11 pessoas foram presas preventivamente. A PF ainda cumpriu 15 mandados de busca e apreensão nos municípios de Vitória, Vila Velha e Santa Leopoldina.

Segundo a PF, três dos envolvidos são servidores da prefeitura de Santa Leopoldina. As investigações tiveram início há cinco meses, a partir de suspeitas de que o desvio de verbas se destinaria à formação de caixa 2 de campanha eleitoral. Durante o inquérito, a denúncia não se confirmou.

Entretanto, a PF identificou a existência de uma organização criminosa que atuava há pelo menos dois anos, fraudando licitações públicas de cinco municípios capixabas (Santa Leopoldina, Presidente Kennedy, Cachoeiro de Itapemerim, Viana e Serra), tendo como líderes três empresários locais. Um deles já foi preso pela Polícia Federal em 2003, acusado pelo mesmo tipo de crime.

De acordo com a investigação, os contratos irregulares geraram um prejuízo aos cofres públicos de aproximadamente R$ 28 milhões. As fraudes apuradas nas licitações e contratos com os municípios eram realizadas, segundo a PF, através de combinação prévia com os concorrentes ou alternância deles, utilização de "laranjas" na constituição de empresas e a "criação de emergência" para contratação com a administração pública. O esquema contava ainda com a participação de servidores públicos municipais.

Segundo a PF, os envolvidos no esquema chegavam a apresentar propostas antes do prazo previsto no edital e também impediam a participação de outras empresas.

Os policiais encontraram propostas de empresas supostamente envolvidas em fraudes com informações semelhantes, inclusive com os mesmos erros de português. Há suspeita de que algumas delas deixavam de apresentar documentação correta e eram "propositalmente desclassificadas".

Fonte: Especial para Terra
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