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Polícia

PF desarticula gangue que ameaçava juízas nas redes sociais

4 abr 2016 - 17h42
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Foto: Agência Brasil / BBCBrasil.com

A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou hoje (4) a operação Égide de Athena para desarticular esquema criminoso que ameaçava duas juízas federais pela internet. De acordo com nota divulgada pela PF, o crime teria sido encabeçado por Isak Francisco dos Santos, que cumpre pena no Presídio Aníbal Bruno, no Recife. As juízas ameaçadas foram responsáveis pela prisão dele. Agora, o condenado será transferido para Presídio Federal de Segurança Máxima.

A investigação teve início há menos de um ano quando um perfil suspeito do Facebook postou mensagens de ameaças e de intimidação à vida de duas juízas. A partir da quebra do sigilo da conta suspeita, a PF chegou a Santos, dono do telefone do qual partiram as ameaças. As mensagens eram enviadas de dentro do presídio.

De acordo com a PF, Santos chegou a usar a mesma conta de e-mail para solicitar informações sobre compra de um revólver, questionando o preço da entrega em Recife. Na cela dele, foram apreendidos quatro aparelhos celulares.

A operação cumpriu hoje oito mandados de condução coercitiva de parentes do preso, donos de provedores de internet e de um advogado. Os crimes que estão sendo imputados aos suspeitos, dependendo do seu grau de participação, são de ameaça, crimes contra honra e coação no curso do processo. As penas podem chegar a mais quatro anos de reclusão.

Santos foi um dos presos na Operação Fake-Work, em setembro de 2013. Ele fazia parte de uma organização criminosa que recebia pagamento fraudulento do seguro-desemprego e do Bolsa Família. O bando atuava desde janeiro de 2012 e foi responsável pela liberação de pelo menos 1.463 benefícios, totalizando prejuízo aos cofres públicos de R$ 7 milhões.

Ele foi condenado a 25 anos e 4 meses de reclusão por sentença dada pela Justiça Federal. Em 2014, foi posto em liberdade, mas acabou preso novamente em flagrante com vários cartões de bancários de seguro-desemprego. Ele estava sacando o benefício que tinha os nomes de outras pessoas como beneficiárias. Santos foi condenado em janeiro de 2015 a uma pena de 5 anos e 4 meses de reclusão, que é a que cumpre atualmente.

Agência Brasil Agência Brasil
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