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Polícia

PF apura que líder indígena falsificou registro da Funai

Acostumado a cerimônias com autoridades como o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, suspeito fraudou registro, diz PF

3 jun 2013 - 07h19
(atualizado às 07h24)
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A Polícia Federal (PF) apurou que o líder indígena do Amazonas Paulo José Ribeiro da Silva, 39 anos, o Paulo Apurinã, não é índio. Acostumado a cerimônias com autoridades como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff, ele fraudou o Registro Administrativo de Nascimento de Índio (Rani), o RG indígena emitido pela Fundação Nacional do Índio (Funai), e foi indiciado por suspeita de falsificação de documento público. A mãe dele, Francisca da Silva Filha, 56 anos, também foi indiciada pela PF. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Entre os indícios de fraude, estão a falta de dados genealógicos e de estudos antropológicos, além de depoimentos de índios, que negaram a origem dos suspeitos. De acordo com a PF, a mãe de Silva disse ter retirado os nomes indígenas dela e do filho - "Ababicareyma" (mulher livre) e "Caiquara" (o amado) - de um dicionário de tupi-guarani. Eles não falam a língua apurinã. Porta-voz do Movimento Indígena de Renovação e Reflexão do Amazonas (Mirream), Silva liderou invasões de terras públicas para assentar índios sem teto em 2009. Ele nega as acusações. 

Fonte: Terra
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