PUBLICIDADE

Polícia

Perita acredita que madrasta limpou manchas de sangue do chão

24 mar 2010 - 16h49
(atualizado às 16h56)
Compartilhar
Fabiana Leal
Direto de São Paulo

A perita Rosangela Monteiro, do Instituto de Criminalística, última testemunha compartilhada entre defesa e acusação do julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, réus pela morte da menina Isabella Nardoni, afirmou que o pai "defenestrou" Isabella e que acredita a madrasta removeu as manchas de sangue.

Perito analisa marcas na camisa de Alexandre:

"Mulher pode fazer duas coisas ao mesmo tempo. A ré pode ter removido as gotas de sangue enquanto fazia a ligação", disse Rosangela. Jatobá ligou, por volta das 23h55, para Ana Carolina de Oliveira e informou que a menina tinha caído.

A perita criminal disse que a principal prova de que foi Alexandre Nardoni que jogou a filha pela janela é a marca da rede na camiseta dele. "Foi o Alexandre que defenestrou a vítima. Foi ele", afirmou. Defenestrar significa atirar pela janela.

O caso

Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada, jogada do sexto andar do edifício e morreu após socorro médico. O pai e a madrasta foram os únicos indiciados, mas sempre negaram as acusações e alegam que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.

O júri popular do casal começou em 22 de março e deve durar cinco dias. Pelo crime de homicídio, a pena é de no mínimo 12 anos de prisão, mas a sentença pode passar dos 20 anos com as qualificadoras de homicídio por meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e tentativa de encobrir um crime com outro. Por ter cometido o homicídio contra a própria filha, Alexandre Nardoni pode ter pena superior à de Anna Carolina, caso os dois sejam condenados.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade