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Polícia

Perícia diz que não havia lençol branco em mochila de atirador

8 abr 2011 - 10h03
(atualizado às 10h08)
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Após o massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, uma equipe de peritos criminais chegou por volta das 8h30 desta sexta-feira à instituição para tentar reconstituir o crime. "Vamos tentar refazer os passos dele lá dentro", explicou o perito Felipe Tsuruta. Apenas agentes participam da ação. As informações são do Bom Dia Rio.

Ele e o colega Denilson Siqueira contaram o que encontraram no local no dia do atentado. "A perícia busca desvendar o autor do crime e a dinâmica de como procedeu todo o episódio. Nós sabemos o calibre de arma, o posicionamento das vítimas", contou o perito Denilson, que confirmou que as crianças atingidas foram colocadas lado a lado antes de serem alvejadas pelo atirador. Felipe confirmou que a polícia encontrou, além das armas, uma bolsa do assassino. Mas que nela, diferentemente do que diz a carta deixada por Wellington Menezes de Oliveira, não tinha o lençol branco, em que ele pedia para ser retirado do local.

Atentado

Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e se suicidou logo após o atentado. Segundo a polícia, o atirador portava duas armas e utilizava pelo menos 10 dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington atirou em duas pessoas ainda fora da escola e entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.

Fonte: Terra
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