Pelo menos 13 pessoas são mortas a tiros na Grande SP
19 nov2012 - 04h36
(atualizado às 12h43)
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A onda de violência, que há mais de um mês aflige os moradores da capital paulista, voltou a se intensificar neste fim de semana e, entre a noite do domingo e a madrugada desta segunda-feira, pelo menos 13 pessoas foram assassinadas na Grande São Paulo.
No município de Taboão da Serra, seis pessoas - a maioria adolescente - foram baleadas por desconhecidos que já chegaram ao local do crime atirando. Nesta ação, considerada uma chacina, três pessoas morreram.
Na favela da Minhoca, zona sul da cidade, um casal foi assassinado por indivíduos que estavam num carro, enquanto na região do Capão Redondo, também na zona sul, outras três pessoas morreram num confronto com a polícia, que realizava uma operação de combate ao tráfico de drogas.
Na Vila Jacuí, na zona leste, um jovem de 22 anos foi assassinado na entrada de uma padaria por homens que passavam numa moto. Os outros casos com vítimas foram registrados no bairro de Perús e nos municípios vizinhos de Osasco, Itapeví e Guarulhos.
Com as mortes registradas na madrugada desta segunda-feira, o número de assassinatos registrados durante o fim de semana foi elevado a 23, dos quais 12 foram realizados em circunstâncias similares, ou seja, por pistoleiros que se deslocavam em motos e automóveis.
Desde o início de outubro, quando essa onda de violência foi iniciada, São Paulo já registrou a morte de pelo menos 300 pessoas, segundo dados extra-oficiais.
Onda de violência
Desde o início do ano, ao menos 92 policiais foram assassinados no Estado. Desse total, 18 eram aposentados e três estavam em serviço. Além disso, o Estado continua a enfrentar um grande índice de violência. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, só na capital houve um crescimento de 102,82% no número de pessoas vítimas de homicídio no mês de setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em todo o Estado, a alta foi de 26,71% no mesmo período.
Crachá identifica jovem que trabalhava em um supermercado e bebia cerveja com amigos durante a folga quando dois homens encapuzados chegaram em duas motos atirando
Foto: Bruno Santos / Terra
Dois amigos teriam escapado da chacina porque foram buscar mais bebida momentos antes do crime. "Garanto que não tinha um que não trabalhasse", diz uma jovem vizinha do local das execuções
Foto: Bruno Santos / Terra
Jovem chora após a morte de cinco pessoas na noite de sexta-feira em Cidade Ademar, São Paulo. Grávida, ela perdeu o irmão, uma das vítimas da chacina
Foto: Bruno Santos / Terra
Com a gravidez aparente, a jovem repete que não quer falar com ninguém. "Só quero meu irmão de volta"
Foto: Bruno Santos / Terra
Ninguém diz o próprio nome na rua Sebastião Afonso, que ainda tinha marcas de sangue seco às 12h deste sábado. Quem estava na rua diz somente que todos que morreram ou foram feridos eram trabalhadores
Foto: Bruno Santos / Terra
A supervisora dos dois também não quer se identificar, mas confirma que ambos tinham ocupação na empresa. "Não tenho o que reclamar deles", disse
Foto: Bruno Santos / Terra
As testemunhas afirmam que os tiros foram muitos. Mas os estampidos eram em sequência, não uma rajada. O que indica que as armas seriam pistolas semiautomáticas, não metralhadoras
Foto: Bruno Santos / Terra
Um vidraceiro de 32 anos, parente de Alan, afirma que uma viatura teria passado minutos antes dizendo para todos se recolherem. Ninguém deu atenção. Pouco depois, chegou a dupla de assassinos
Foto: Bruno Santos / Terra
A investigação foi encaminhada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa e nenhum delegado foi encontrado até o momento para falar sobre as investigações
Foto: Bruno Santos / Terra
Um muro na altura do número 148 tem a marca dos tiros disparados durante a chacina que matou seis jovens na noite de sexta-feira em Cidade Ademar, São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
Quatro pessoas morreram e outras três foram feridas a tiros em uma chacina na rua Sebastião Afonso, em Cidade Ademar
Foto: Carlos Pessuto / Futura Press
Foto: Terra
Marcas de sangue são vistas no chão após um policial militar ser baleado em um estabelecimento no bairro da Penha, na zona leste de São Paulo. Um cliente do comércio também foi atingido. A capital paulista registrou mais uma noite de ataques contra policiais e violência
Foto: Adriano Lima / Terra
Segundo testemunhas, o PM estava em um comércio na rua Etelvina, na Penha, quando ao menos dois homens chegaram a pé no estabelecimento e anunciaram um assalto. Na sequência, os criminosos atiraram e atingiram as duas vítimas nas costas
Foto: Adriano Lima / Terra
As marcas da violência são vistas no chão após o incidente no bairro da Penha
Foto: Adriano Lima / Terra
Rua em que um dos crimes foi praticado em Pirapora do Bom Jesus. As autoridades acreditam que os atiradores tenham agido em série. Em um dos casos, uma dupla, em uma moto, foi vista por testemunhas
Foto: Adriano Lima / Terra
De acordo com a polícia, os tiros foram disparados por homens em uma moto. Uma carabina calibre 12 e uma pistola calibre 380 teriam sido utilizadas no crime
Foto: Adriano Lima / Terra
Policial isola a área do crime no Jardim Campinas
Foto: Adriano Lima / Terra
Policial investiga cena de crime em Pirapora do Bom Jesus, na Grande São Paulo. Uma sequência de três ataques deixou pelo menos três mortos e dois feridos na cidade
Foto: Adriano Lima / Terra
Na madrugada desta quinta, dois homens foram mortos e um ferido a tiros no Jardim Campinas, região do Grajaú, na zona sul da capital paulista. O crime ocorreu na rua Constelação da Virgem
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