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Polícia

PE: polícia indicia pastor e mulher por abuso de 6 adolescentes

3 jan 2013 - 17h02
(atualizado às 17h35)
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A Polícia Civil de Pernambuco indiciou nesta quinta-feira um pastor evangélico de 30 anos e sua mulher, 26 anos, por suspeita de abusar sexualmente de seis adolescentes e tentar estuprar uma mulher em Várzea Fria, em São Lourenço da Mata, na região metropolitana do Recife. Pelos crimes, cada um deles pode ser condenado a mais de 30 anos de prisão.

O delegado Geral Costa, da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), começou a receber as primeiras denúncias em 14 de novembro. Com o primeiro caso e a abertura do inquérito, foram aparecendo outros relatos de adolescentes, quatro meninas e dois meninos, que têm de 12 a 17 anos.

"Tanto o pastor como a esposa mantiveram relação sexual com os menores, que eram amarrados ou às vezes segurados pela mulher. Ele estuprava os adolescentes e a mulher fazia sexo com os meninos", contou Geraldo Costa. Segundo ele, a maioria dos casos ocorreram desde janeiro do ano passado, mas um adolescente com 16 anos afirmou à polícia ter sido abusado desde os 10 anos. "Ele proibia as crianças de contar, dizendo que ninguém ia acreditar nelas porque ele era pastor, e também falava que se eles contassem ele iria matar e enterrar", detalhou.

O suspeito integrava a Assembleia de Deus, mas cerca de dois anos atrás teve um desentendimento, supostamente por causa de um roubo, e deixou a denominação para fundar a própria, a Assembleia de Deus Ministério e Missões, na mesma cidade. De acordo com o delegado, o homem tinha um cargo religioso diferente de pastor, mas assim ficou conhecido no bairro de Várzea Fria. Todas as famílias das crianças frequentavam os cultos da igreja do suspeito.

Após as primeiras denúncias, o delegado convocou o pastor e a esposa para prestar depoimento na delegacia, e eles compareceram. O homem confessou um dos casos, o abuso de uma adolescente de 13 anos, mas negou que tivesse ameaçado ou amarrado a adolescente, e disse ter sido "consensual". "De qualquer jeito, isso ainda é crime de estupro de vulnerável, que pode dar até 15 anos de prisão", afirmou Costa.

O inquérito foi concluído na quarta-feira e enviado hoje ao Ministério Público de São Lourenço da Mata. O pastor e a mulher foram indiciados pelos crimes de estupro de vulnerável e estupro com violência, crimes que podem render mais de 30 anos de cadeia. Eles vão aguardar a decisão da Justiça em liberdade pois, segundo o delegado, colaboraram com as investigações e não representam risco às vítimas.

Fonte: Terra
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