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Polícia

Pastor acusado de 6 estupros e envolvimento com tráfico é preso no RJ

8 mai 2013 - 00h46
(atualizado às 12h49)
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O pastor Marcos Pereira é dono da Igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias, que tem a sede localizada em São João de Meriti, na Baixada Flum
O pastor Marcos Pereira é dono da Igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias, que tem a sede localizada em São João de Meriti, na Baixada Flum
Foto: Divulgação

O pastor Marcos Pereira da Silva, um dos principais líderes da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, foi preso no Rio de Janeiro acusado de ter estuprado seis mulheres, incluindo três menores de idade, informou nesta quarta-feira a Polícia Civil. O líder religioso foi detido na noite de ontem em cumprimento de dois mandados de prisão que o acusam de estupro e pedofilia.

Relembre casos de religiosos que se envolveram em polêmicas

O pastor vinha sendo investigado há um ano após as denúncias das mulheres, na maioria seguidoras da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, que ele comanda desde 1993. Conforme as investigações, elas foram forçadas a ter relações sexuais com ele.

Segundo as denúncias, alguns dos estupros ocorreram em um apartamento na avenida Atlântica, orla de Copacabana, que está registrado no nome do grupo evangélico e que o pastor supostamente utilizaria para organizar orgias. As jovens teriam sido convidadas para cultos religiosos no apartamento e violentadas pelo religioso ou por outros homens.

Entre as mulheres que fizeram a denúncia está a própria esposa de Pereira, assim como uma jovem que diz ter sido estuprada várias vezes durante oito anos desde que tinha 14 anos.

Pereira é conhecido por seus projetos de apoio a dependentes de drogas e por intermediar o perdão de pessoas ameaçadas de morte por grupos de narcotraficantes. Em 2004, foi o principal negociador para dar fim a uma rebelião em um presídio do Rio de Janeiro.

O pastor também foi acusado por José Júnior, coordenador da ONG AfroReggae, de envolvimento com o tráfico de drogas, associação para o tráfico e de lavagem de dinheiro em 2010, além de quatro homicídios.

Em resposta, o religioso admitiu trabalhar com criminosos para recuperá-los mas negou ter se envolvido em crimes. Pereira é investigado pelo suposto assassinato de uma jovem que pretendia denunciar as violações.

EFE   
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