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Polícia

Pai de menina atendida por estudante é indiciado por tortura

15 out 2010 - 15h55
(atualizado às 16h04)
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O pai da menina Joanna Marcenal, 5 anos, o funcionário do Tribunal de Justiça André Marins, foi indiciado por tortura, na tarde desta sexta-feira. Segundo o delegado Luiz Henrique Marques, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima do Rio de Janeiro (Decav), os depoimentos e as lesões encontradas no corpo da menina são provas de que ela sofreu torturas.

Um novo laudo do Instituto Médico Legal (IML), divulgado na segunda-feira, confirmou os maus-tratos sofridos pela menina morta no mês de agosto devido a uma meningite viral. Segundo o documento, os maus-tratos agravaram o estado de saúde de Joanna, que passou 26 dias em coma.

O laudo apontou que a doença se desenvolveu devido à baixa imunidade da criança, que apresentava lesões como queimaduras nas nádegas causadas por substância química ou ação física.

O caso

A menina Joanna morreu em agosto no Hospital Amiu, em Botafogo, onde passou 26 dias em coma. Ela foi internada no CTI com edema cerebral, hematomas nas pernas e sinais de queimaduras. A suspeita era que ela teria sido espancada e torturada pelo pai.

Antes de chegar ao Amiu, ela foi levada ao Hospital Rio Mar, na zona oeste, onde foi atendida por um estudante de Medicina, acusado de lhe dar alta mesmo estando desacordada. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por exercício ilegal da Medicina.

No início de outubro, um outro laudo do Instituto Médico Legal (IML) informou que a causa da morte da menina teria sido meningite. De acordo com familiares, a criança apresentava hematomas nas pernas e sinais de queimaduras nas nádegas e no tórax.

O pai disse que chegou a amarrar as mãos da criança com fita crepe por ela ter um sono muito agitado e transtornos motores. André Marins explicou a atitude dizendo que agiu de acordo com orientações de uma psicóloga. Ele foi acusado por Cristiane Marcenal, mãe da menina, como o responsável pela morte.

Fonte: O Dia
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