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Polícia

Ouvidoria da polícia faz panfletagem no Complexo do Alemão

1 dez 2010 - 13h47
(atualizado às 14h10)
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Vagner Magalhães
Direto do Rio de Janeiro

Uma equipe de sete funcionários da ouvidoria das polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro percorre nesta quarta-feira as ruas da comunidade da grota, no Complexo do Alemão, na zona norte da capital fluminense. O grupo distribui panfletos com orientações à população sobre como proceder em caso de desvios de conduta dos policiais envolvidos na operação de ocupação do conjunto de favelas.

De acordo com o ouvidor da polícia, Luiz Sérgio Wigderowitz, a ideia é divulgar o trabalho da ouvidoria e a forma com que as pessoas podem entrar em contato com o órgão. Entre as denúncias mais recebidas durante o ano, estão casos de abuso de autoridade, uso de violência e ofensas.

"Chegamos aqui hoje pela manhã e recebemos algumas críticas e elogios à ação feita aqui no Complexo (do Alemão). Para as pessoas que têm alguma denúncia a fazer, solicitamos que elas entrem em contato telefônico ou por e-mail, já que a maioria prefere não fazê-la pessoalmente", afirmou Wigderowitz.

Violência

Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis incendiaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer). Na terça-feira, todo efetivo policial do Rio foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Ao longo da semana, Marinha, Exército e Polícia Federal se juntaram às forças de segurança no combate à onda de violência que resultou em mais de 180 veículos incendiados.

Na quinta-feira, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) tomaram a vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Alguns traficantes fugiram para o Complexo do Alemão, que foi cercado no sábado. Na manhã de domingo, as forças efetuaram a ocupação do Complexo do Alemão, praticamente sem resistência dos criminosos, segundo a Polícia Militar. Entre os presos, Zeu, um dos líderes do tráfico, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes em 2002.

Desde o início dos ataques, pelo menos 39 pessoas morreram em confrontos no Rio de Janeiro e 181 veículos foram incendiados.

Coronel do Bope fala sobre denúncias de moradores do Alemão:
Fonte: Terra
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