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Polícia

Operação no DF prende 17 pessoas por fraude em financiamentos de imóveis

12 nov 2013 - 21h00
(atualizado às 21h04)
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A Polícia Civil do Distrito Federal desencadeou nesta terça-feira a Operação Casa Nova, que prendeu 17 pessoas, inclusive servidores públicos. Os policiais investigam 23 pessoas que atuam há pelo menos um ano no Distrito Federal, em um esquema de fraude no sistema de financiamentos da Caixa Econômica Federal (CEF), nos programas Poupex, Construcard e Móveiscard. Os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato, de uso de documentos falsos, de receptação e formação de organização criminosa.

De acordo com a Polícia Civil, os envolvidos no esquema conseguiam, por meio de falsificação, financiamentos imobiliários com taxas e juros reduzidos para pessoas que não preenchiam os requisitos solicitados pelos bancos. Para fraudar as normas, os envolvidos falsificavam documentos, certidões de cartório, contas de água e luz, notas fiscais, sessão de direitos, entre outros documentos necessários para o financiamento.

O delegado Jefferson Lisboa, responsável pelas investigações, disse que "o dano maior envolve a falsificação de documentos públicos, além de danos às pessoas que se beneficiaram de forma ilegal". Ele acrescentou que uma série de pessoas não tiveram acesso aos programas da CEF devido as fraudes efetuadas pelo esquema. Segundo Lisboa, issou causou "danos milionários para a Caixa Econômica Federal e aos principais programas do banco".

A investigação, que durou dez meses desde a denúncia, apurou a função de cada um dentro da organização. Alguns, de acordo com o delegado, eram corretores e faziam panfletagem perto das agências da Caixa responsáveis pela concessão dos empréstimos para atrair os interessados. Outros, gerenciavam e contratavam corretores.

Jefferson Lisboa apontou a servidora da Secretaria da Fazenda do Distrito Federal, Noélia Ferreira, como uma das "cabeças" da quadrilha. "A operação tem como intuito acabar com essa fábrica de documentos falsos no DF", disse. O delegado acrescentou que a Gráfica Arte Color, fechada durante a operação, fabricava os documentos falsos sob a responsabilidade do dono Wester Silva.

Agência Brasil Agência Brasil
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