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Polícia

Operação da PF tem recorde de presos por pornografia infantil

27 jul 2010 - 16h05
(atualizado às 21h37)
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Luciana Cobucci
Direto de Brasília

A Operação Tapete Persa, iniciada na manhã desta terça-feira pela Polícia Federal (PF) em dez Estados e no Distrito Federal, prendeu 21 pessoas em flagrante por porte de material envolvendo pornografia infantil até a noite de hoje. A quantidade de prisões em flagrante é um recorde para operações do tipo feitas pela PF no País. Além das 21 prisões - que também foram decretadas por porte ilegal de armas e drogas -, a PF indiciou outras três pessoas, que não estavam no local na hora que as equipes da Polícia Federal realizavam as buscas.

PF apreendeu vídeos e arquivos digitais com imagens de menores
PF apreendeu vídeos e arquivos digitais com imagens de menores
Foto: PF / Divulgação

De acordo com Marcelo Bórsio, do grupo especial de combate aos crimes de ódio e pornografia infantil da PF, as equipes, formadas por mais de 400 agentes, já executaram pouco mais da metade dos 81 mandados de busca e apreensão expedidos nesta terça. Os mandados serão cumpridos em 54 cidades. Somadas as penas, os condenados podem pegar até 15 anos de prisão.

"Nessas prisões efetuadas hoje, constatamos que entre 25% e 30% dos presos, além de possuir e distribuir o material, também praticavam os abusos contra as crianças ou conheciam quem praticava. As prisões abrangem desde menores de 18 anos, em quem foi aplicado um ato infracional, até idosos, incluindo um ex-coronel da PM. Essas pessoas também podem ser indiciadas por estupro de vulnerável", disse.

Segundo Bórsio, o Brasil é o quarto país que mais distribui pornografia infantil, atrás apenas da Alemanha, Espanha e Inglaterra.

O delegado-chefe do grupo especial de combate aos crimes de ódio e pornografia infantil da PF, Stênio Santos, as fotos, imagens e vídeos apreendidos em casas e memórias de computador mostram abusos sexuais contra crianças e até bebês. "São imagens degradantes. Para nós, é um marco negativo, gostaríamos que não houvesse prisões. Parece que há menos humanidade no mundo. Nos espanta a facilidade com que isso tem se propagado na internet. Mas a operação continua em andamento e vamos fazer mais ao longo deste e dos próximos anos", afirmou.

Fonte: Especial para Terra
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