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Polícia

Operação Ágata 7 chega ao fim com apreensão de mais de 25 t de drogas

7 jun 2013 - 22h11
(atualizado às 22h17)
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<p>Operação Ágata 7 coibiu crimes na região de fronteira do Brasil</p>
Operação Ágata 7 coibiu crimes na região de fronteira do Brasil
Foto: FAB / Divulgação

Após 19 dias, a Operação Ágata 7 chegou ao fim com a apreensão de um total de 25,3 toneladas de maconha e 657 quilos de cocaína, crack e haxixe. Os números são considerados um recorde histórico pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, órgão do Ministério da Defesa que coordena a iniciativa.

Além disso, segundo o ministério, as forças militares e a Polícia Federal (PF) conseguiram neutralizar a safra de coca no Peru, numa área de aproximadamente 30 mil hectares, com a fiscalização do comércio de combustível utilizado para o refino da planta, no município de Tabatinga (AM). Sem a possibilidade de transformar em pasta base, as quadrilhas deixaram de produzir 30 toneladas de cocaína que seguiriam diretamente para o mercado nas regiões Sul e Sudeste do Brasil e para os Estados Unidos e a Europa.

Nas últimas horas, o Exército Brasileiro - encarregado da fiscalização de produtos controlados - apreendeu 4,9 toneladas de explosivo numa empresa na região de Maringá (PR). Também na região Sul, a polícia apreendeu quatro fuzis 762. Em São Gabriel da Cachoeira (AM), a 850 quilômetros de Manaus, policiais federais prenderam dez pessoas acusadas de pedofilia. Ente os presos, políticos e empresários influentes daquela cidade, por supostamente prostituir indígenas. Todos estão na carceragem da PF na capital do Amazonas.

O balanço da Ágata 7 foi apresentado nesta semana em reunião com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, na sede do Ministério da Defesa, em Brasília. A reunião contou com a participação de oficiais generais e representantes dos ministérios e agências governamentais. As informações das regiões foram transmitidas por videoconferência por meio dos comandantes de área.

Durante o período de realização da operação, tropas militares e civis federais, estaduais e municipais apreenderam também cerca de 4,5 mil metros cúbicos de madeira. As Forças Armadas empregaram cerca de 33 mil militares na ação, que contou com o apoio de 1,1 mil servidores de agências governamentais.

Plantação de coca

Ao longo dos 11 mil quilômetros da fronteira Norte - do Oiapoque (AP)  a Cabixi (RO) -, as Forças Armadas e a PF contaram com a mobilização de tropas militares do Peru e da Colômbia. Isso levou ao controle do comércio de gasolina na tríplice fronteira, principal ingrediente para o refino da coca. O comandante Militar da Amazônia (CMA), general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, e o superintendente da PF no Amazonas, delegado Sérgio Lúcio dos Santos Fontes, explicaram que, na região do Peru, o plantio de coca representa uma área de 30 mil hectares e os produtores colhem três safras a cada ano.

"Com a operação que fizemos entre 28 de maio e 5 de junho, eles perderam uma safra. Assim, deixaram de refinar um terço das 100 toneladas de cocaína que produzem a cada ano", estimou o delegado Fontes.

A mecânica da operação se deu no controle de compra e venda de combustível. Como o litro da gasolina custa R$ 1,90 no Peru, as forças militares e civis trataram de fazer um cerco nessa região com o apoio dos militares peruanos e colombianos. "Seria uma grande quantidade de pasta base de coca para abastecer o mercado interno", previu o delegado.

Fonte: Terra
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