PUBLICIDADE

Polícia

ONGs de proteção animal rejeitam casa de atirador de Realengo

8 abr 2011 - 15h50
(atualizado às 15h55)
Compartilhar

O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, órgão que agrega entidades de proteção animal em todo o País, rejeitou a possibilidade de seus colegiados receberem a doação do imóvel de Wellington Menezes de Oliveira, responsável pelo assassinato de 12 alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro.

Veja localização de escola invadida por atirador

Veja como foi o ataque aos alunos em Realengo

Em uma carta encontrada ao lado de seu corpo, o atirador relatava o desejo de ver sua casa doada a instituições de proteção a animais. "Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa. Existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados. Eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos", diz trecho do texto.

"Nenhuma instituição dedicada à defesa da vida haverá de se interessar pela pretensa bondade póstuma de um assassino", diz nota assinada pela presidente do fórum, Sônia Fonseca. "Também não entendemos como um ser humano capaz de tamanha atrocidade contra crianças poderia ter algum sentimento positivo em relação a outras formas de vida", acrescenta Fonseca.

"Nós, que nos dedicamos a defender os animais da crueldade e da violência, lastimamos todo e qualquer derramamento de sangue, e sobretudo, lamentamos a perda de vidas inocentes. Desejamos ardentemente que os pais e familiares das crianças feridas e assassinadas encontrem algum consolo nesta hora de dor imensurável", diz a nota.

Atentado

Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e, segundo a polícia, se suicidou logo após o atentado. O atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola quando foi acionado. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade