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Polícia

Onda de ataques a ônibus e carros avança pelo interior de SP

5 mar 2014 - 10h27
(atualizado às 10h28)
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Em Araçatuba, uma Ford Currier e um Fiat Tempra estavam na frente de uma revenda de peças de carros usados, no Jardim Etemp, periferia da cidade
Em Araçatuba, uma Ford Currier e um Fiat Tempra estavam na frente de uma revenda de peças de carros usados, no Jardim Etemp, periferia da cidade
Foto: Chico Siqueira / Especial para Terra

Mais três carros foram alvos de incêndios criminosos na noite desta terça-feira, 4, em Araçatuba e Avanhandava, na região Noroeste do Estado de São Paulo. Agora são 17 veículos queimados em sete cidades do interior. A Polícia Civil descarta a ligação dos ataques com o crime organizado, mas o alerta pedindo atenção dos PMs continua sendo emitido no sistema de comunicação da Polícia Militar. O alerta faz menção a uma possível retaliação do Primeiro Comando da Capital (PCC) contra forças de segurança e prédio públicos devido à descoberta de um plano de fuga e possível transferência de líderes da facção para um regime de pena mais rígido.

Em Araçatuba, uma Ford Currier e um Fiat Tempra estavam na frente de uma revenda de peças de carros usados, no Jardim Etemp, periferia da cidade. Os bombeiros foram chamados, mas não evitaram a destruição total do Tempra. A Currier ficou parcialmente destruída. Os carros iriam passar por conserto nesta quarta-feira. Curiosamente, o estabelecimento fica a menos de 200 metros do Clube dos Delegados da Polícia Civil. No local, a polícia encontrou um galão de cinco litros que pode ter sido usado para transportar combustível usado para incendiar os veículos.

Apesar disso, a Polícia Militar disse que os ataques de Araçatuba não têm qualquer ligação com os ocorridos em Promissão, onde sete veículos foram queimados e duas bombas atiradas contra a base da PM e contra a casa de um patrulheiro rodoviário, na segunda e terça-feira. A polícia também descarta qualquer ligação dos ataques de Araçatuba estarem  relacionado com o crime organizado. Para ela, o incêndio foi parte de uma rixa pessoal envolvendo o dono da revenda e jovens de uma favela próxima.

Em Avanhadava, cidade próxima de Promissão, uma bomba incendiária foi arremessada em direção de um carro que estava na garagem de uma residência no centro da cidade. O carro teve a pintura apenas chamuscada porque o dono chegou a tempo de evitar maiores danos.

Os três ataques derrubam a tese da Polícia Civil de que os ataques estavam restritos apenas à região Centro-Oeste do Estado. “Os ataques, que estão restritos à nossa região, são retaliações dos bandidos contra operações que fizemos nos últimos dias prendendo muitos traficantes e procurados pela Justiça”, disse na terça-feira pela manhã o diretor do Deinter-4, delegado Antônio Benedito Valencise. Até aquele momento, a polícia havia registrado 14 incêndios, todos em municípios da região do seu departamento: Promissão (7), Assis (3), Bauru (2), Ourinhos (1), Santa Cruz do Rio Pardo (1). Com os casos da noite de ontem, os incêndios avançaram para outra região e chegam a 17 desde a noite de domingo.

Na entrevista, Valencise também negou que os incêndios tenham relação com a possível transferência de quatro líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), solicitado pelo Governo do Estado após os setores de inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária e do Ministério Público descobrirem que eles fugiriam com ajuda de dois helicópteros e armamento de guerra. Entre eles, está o comandante da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que junto com os outros três, cumprem pena na Penitenciária-2 de Presidente Venceslau. A transferência deve sair nos próximos dias.

Fonte: Terra
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