MPF vai apurar trote em que aluno teria bebido combustível
O Ministério Público Federal em Jales enviou ofício à Universidade Camilo Castelo Branco (Unicastelo), em Fernandópolis, no interior de São Paulo, para apurar eventual responsabilidade da instituição na agressão sofrida por um aluno na segunda-feira, quando ele supostamente foi obrigado a ingerir álcool combustível.
O MPF pede, entre outras coisas, que a instituição explique quais medidas adotadas para apurar a autoria do trote, se houve assistência ao aluno lesionado, quais as medidas para evitar novas ações desse tipo e como é realizada a segurança dos alunos.
Em setembro de 2009, o MPF havia recomendado que todas as universidades do Estado promovessem as medidas de segurança necessárias para coibir a prática do trote violento, humilhante, vexatório ou constrangedor aos calouros.
O procurador da República Thiago Lacerda Nobre, responsável pelo procedimento, também enviou ofício à Delegacia Seccional de Fernandópolis em que pede informações sobre as providências adotadas, no âmbito policial, para apuração do que aconteceu com o estudante.
No documento, o procurador pede que a polícia remeta à Procuradoria da República em Jales cópia integral dos procedimentos e de documentos que possam auxiliar o procedimento investigativo do MPF.
"É importante investigar esse episódio infeliz, em especial porque desde o ano passado o MPF já tinha recomendado que universidades e faculdades tomassem providências para que fatos como esse não acontecessem novamente", afirmou Nobre.