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Polícia

MPF-SP denuncia 8 auditores da Receita por fraudes em fiscalizações

29 set 2011 - 17h14
(atualizado às 17h20)
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O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou oito auditores fiscais da Receita Federal em Osasco por montarem um esquema de corrupção que causou prejuízos estimados de R$ 2 bilhões aos cofres públicos, nos últimos 10 anos. Além dos auditores, também foram denunciadas outras sete pessoas que participavam do esquema.

Os integrantes da quadrilha foram investigados durante nove meses na operação Paraíso Fiscal. O esquema foi desmantelado no dia 4 de agosto quando seis auditores, um doleiro e dois familiares de auditores foram presos. Na ocasião, cerca de R$ 13 milhões em espécie foram encontrados ocultos em caixas de leite, fundos falsos de armário e no forro da casa de um dos acusados, no bairro do Alphaville.

Os denunciados controlavam a Delegacia da Receita Federal em Osasco, cobrando propina para livrarem empresas de fiscalização. O MPF concluiu que participaram do esquema de corrupção: o delegado adjunto e chefe da seção de Planejamento de Fiscalizações da Receita Federal em Osasco, Antônio Ramos Cardoso; o chefe da seção de Fiscalização, Alaor de Paulo Honório, os supervisores de Fiscalização Kazuko Kane e José Geraldo Martins Ferreira, e os auditores Fábio de Arruda Martins, Rogério Cesar Sasso, João Francisco Nogueira Eisenmann e José Cassoni Rodrigues Gonçalves.

"Tão natural era o ingresso de dinheiro em espécie nos cofres da organização criminosa que a Supervisora de Fiscalização Kazuko Tane, denunciada que comandava uma das equipes de fiscais corruptos, guardava, em seu armário, na Delegacia da Receita Federal de Osasco, R$ 45.820,00 em dinheiro", afirma uma das denúncias do MPF.

A Justiça Federal determinou o sequestro de imóveis e a apreensão de 13 veículos de propriedade dos acusados. Ordenou também o bloqueio das contas bancárias mantidas por eles no Brasil e no exterior. Um dos auditores teve US$ 2,1 milhões, mantidos irregularmente no exterior, bloqueados.

Os envolvidos vão responder por formação de quadrilha, corrupção passiva, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro, usurpação de função pública e evasão de divisas.

Fonte: Terra
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