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Polícia

MPF denuncia tripulante que matou mulher em cruzeiro em 2010

Segundo o Ministério Público Federal, crime teria sido motivado por ciúmes

17 jul 2013 - 20h49
(atualizado às 20h54)
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O Ministério Público Federal em Santos (SP) denunciou Bruno Souza Bicalho Vale Ricardo pelo homicídio de Camilla Peixoto Bandeira, em janeiro de 2010. Os dois eram tripulantes do navio MSC Música e colegas de cabine. A vítima foi encontrada morta na cabine do navio. A denúncia, ajuizada no dia 12, foi divulgada nesta quarta-feira.

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Segundo a denúncia, Camilla tinha decidido romper o relacionamento que mantinha com Bruno e desembarcaria do navio no próximo porto de parada, o porto de Santos. Bruno asfixiou Camilla por volta das 9h do dia 10 de janeiro, quando a embarcação estava próxima ao porto onde a vítima desembarcaria. Para o MPF, o acusado assassinou Camilla por ciúmes e por receio de que ela terminasse o relacionamento.

Para o MPF, Bruno agiu de “forma consciente, livre e voluntária” e “matou, por motivo fútil, com emprego de asfixia e valendo-se de recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima”. 

De acordo com a denúncia, Bruno atacou Camilla de surpresa, quando ela estava na cabine que ambos dividiam, em um dia de folga. A vítima havia acabado de acordar e, segundo o MPF, foi morta ainda com trajes de dormir. 

Após o crime, Bruno voltou a trabalhar normalmente. Ele entregou sucos a pedido de hóspedes e depois voltou à cabine que dividia com Camilla. 

Por volta das 9h42, ele telefonou para a recepção do navio para informar que havia encontrado o corpo de Camilla. A enfermeira, o capitão e o imediato do navio, então, se dirigiram para o local, mas encontraram a vítima morta. 

No navio, Bruno afirmou que Camilla havia se matado usando um lençol. Ele disse que quando se deparou com o corpo da vítima retirou Camilla da posição em que a havia encontrado e realizou procedimentos de “massagem cardíaca”. Testemunhas negaram ter visto um lençol na cena do crime. O item não foi localizado.

Segundo a denúncia do MPF, “a discrepância entre a versão apresentada por Bruno e a realidade posta das testemunhas já referidas mostra-se ainda mais evidente após a reconstituição dos fatos, demonstrando-se a incongruência dos argumentos apresentados pelo denunciado (Bruno), especialmente em razão do cenário fático encontrado imediatamente após a morte de Camilla". 

Bruno responderá pelo crime de homicídio qualificado, cometido por motivo fútil, com emprego de asfixia e “mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido”.  

Fonte: Terra
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