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Polícia

MP-RJ pede à polícia imagens de operações com mortos e feridos

O MP requereu também as gravações em que tripulantes de helicóptero da polícia tenham efetuado disparos

14 mai 2013 - 21h16
(atualizado às 21h22)
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) solicitou a chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, delegada Martha Rocha, todas as imagens de operações policiais que tiveram mortos ou feridos. Além disso, o MP requereu também as gravações em que tripulantes de helicóptero da polícia tenham efetuado disparos.

O pedido ocorre em meio à polêmica gerada pela divulgação de imagens de duas operações que culminaram em mortes em comunidades no Rio de Janeiro. 

A primeira, cujas imagens foram divulgadas pelo Fantástico, mostra a caçada de policiais ao traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, no dia 11 de maio de 2012, na favela da Coreia, zona oeste do Rio de Janeiro. O vídeo mostra policiais na aeronave atirando contra o veículo do traficante e atingindo casas e prédios da região.

O MP ainda busca identificar se o traficante foi morto pelos tiros que partiram do helicóptero ou pelos próprios comparsas. Em parecer entregue no último dia 8, o Ministério Público fluminense afirmou que a operação teve como objetivo a eliminação do traficante e não sua captura.

Policiais teriam alterado cena de operação

A segunda operação com imagens divulgadas mostram policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) alterando a cena de uma operação de combate ao crime que resultou em cinco mortos no Rio de Janeiro. 

O vídeo divulgado pelo jornal Extra mostra quatro policiais da Core envolvidos na operação carregando um corpo de um homem que não estava armado ao longo de 70 metros, alterando a cena do caso. 

A polícia teria demorado mais de duas horas para socorrer os baleados, no dia 16 de agosto de 2012. Entre os participantes da operação estava o comandante de um dos helicópteros utilizados na perseguição ao traficante Matemático. Dois dos cinco homens mortos na operação não tinham passagens anteriores pela polícia. 

Martha Rocha evitou comentar as imagens. Ela informou que a corregedoria da polícia está instaurando um novo inquérito para apurar a conduta dos policiais, e que só vai avaliar a postura dos agentes após a conclusão das investigações. Por ora, nenhum dos policiais que estiveram naquela operação foi afastado.

Após a divulgação das imagens, a Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou não ter controle ou procedimento previsto sobre o encaminhamento de imagens gravadas em operações.

Depois do vazamento de imagens das duas operações policiais na zona oeste da cidade, Martha Rocha afirmou que será definido um protocolo acerca da coleta, armazenamento e análise de tudo que é gravado nessas ações.

Uma comissão formada por membros da subchefia operacional, da corregedoria, da divisão de tecnologia e informática, da polícia técnica e da assessoria jurídica vai definir as normas a respeito das imagens.

Fonte: Terra
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