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Polícia

MP do Amazonas investigará onda de 34 mortes em Manaus

Secretário de Segurança diz que há indícios de que os crimes foram cometidos pelo mesmo grupo e nenhuma hipótese é descartada

21 jul 2015 - 14h51
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O procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), Fábio Monteiro, designou três procuradores de Justiça para acompanhar as investigações policiais dos homicídios ocorridos em Manaus desde a última sexta-feira (17). Embora o total de mortes associadas à recente onda de crimes ainda esteja sendo apurado, as autoridades e a imprensa local contabilizam pelo menos 34 casos – o último deles foi o assassinato de um homem, por arma branca, na tarde de segunda-feira.

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Entre os procuradores designados para integrar a força-tarefa criada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas está o próprio coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, Mauro Veras Bezerra. Segundo a assessoria do MP estadual, os três representantes do órgão vão participar da investigação a fim de unificar os esforços para identificar e responsabilizar criminalmente os envolvidos nas mortes. Além disso, os procuradores acompanharão os esforços para elucidar se policiais participaram dos assassinatos.

Conforme o secretário estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes, há indícios de que os crimes foram cometidos pelo mesmo grupo e nenhuma hipótese é descartada. O procurador-geral de Justiça, por sua vez, foi taxativo ao afirmar que há indícios de que, ao menos em parte dos homicídios, houve a participação de policiais.

Há duas principais hipóteses sob investigação. Ou os assassinatos foram consequência do enfrentamento entre diversas facções criminosas que disputam o controle do tráfico de drogas em Manaus e região ou, ao menos parte delas, foram praticadas por policiais para vingar a morte de um sargento.

Na última sexta-feira, o sargento da Polícia Militar Afonso Camacho Dias foi morto em um assalto na zona sul da cidade. Pelo já apurado, Dias foi vítima de bandidos logo após deixar uma agência bancária onde sacou uma quantia em dinheiro. Os primeiros assassinatos ocorreram poucas horas depois. Só entre a tarde da sexta-feira e a madrugada do sábado (18) foram registrados 23 homicídios em diferentes regiões da capital amazonense. Segundo a Polícia Militar, ao menos oito das vítimas tinham antecedentes criminais.

Simultaneamente ao esclarecimento da onda de assassinatos, a Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações tenta esclarecer o latrocínio – roubo seguido de morte – que vitimou o sargento a fim de tentar entender se os casos estão relacionados.

Cerca de 500 policiais reforçam a segurança em todas as regiões da capital amazonense, com barreiras para fiscalização de pessoas e veículos.

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